O QUEE ACONTECEU AO FIREWIRE?REWIRE?
Em 1987, a Apple e a IBM, juntamente com outros fabricantes, desenvolveram aquele que acabaria por ser o principal rival da norma USB, a interface FireWire, igualmente conhecida como IEEE 1394. Apresentada em 1995, esta apresentava-se como sendo, tecnicamente, superior ao USB, visto suportar uma taxa de transferência de 400 Mb/s bidireccional, sendo capaz de fornecer até 1,5A de corrente a 30V, e suportar até 63 dispositivos em série, que podiam ser facilmente removidos ou inseridos. A Apple foi o primeiro fabricante a utilizar esta interface nos seus computadores, tendo a Sony recorrido à mesma para as suas câmaras de vídeo profissionais. Porém, embora a norma tivesse tudo para alcançar o sucesso, a realidade é que a mesma dependia de 261 patentes de dez empresas distintas. A partir do momento em que a Apple tomou a iniciativa de cobrar royalties de um dólar por dispositivo, o alarido provocado foi tal que a Apple se viu obrigada a reduzir esse valor para 25 cêntimos, sendo este repartido por todas as marcas. Mas o mal já estava feito. A Intel foi uma das primeiras a abandonar a norma, preferindo apostar no USB para implementar as suas motherboards. Como se não bastasse, nesta altura o USB já tinha chegado à sua versão 2.0, eliminando assim a vantagem que o FireWire tinha em termos de velocidade. Ainda assim, o FireWire prevaleceu nos dispositivos Apple, mas não nas motherboards dos restantes computadores pessoais, pois implicava a utilização de um controlador adicional e o pagamento dos respectivos royalties. Chegaram a ser lançadas normas mais rápidas, como o FireWire 400 e 800, mas o FireWire tinha os dias contados, não só por causa dos royalties, mas também pelos problemas de compatibilidade entre cabos e ligações de diferentes normas, bem como o problema dos nomes que cada fabricante implementou (a Sony chamava-o de iLink). A Apple deixou de suportar a norma nos seus Mac em 2008, tendo descontinuado os produtos FireWire em 2012.