O PC NÃO ESTÁ MORTO!
Em Novembro cumpri uma das minhas peregrinações anuais: ir à Lisboa Games Week. A edição deste ano foi a maior de sempre: pela primeira vez ocupou dois pavilhões da Feira Internacional de Lisboa no Parque das Nações. Como é hábito, os distribuidores de jogos estavam nos seus stands para mostrar as novidades para o Natal, os vendedores de merchandising, mais ou menos oficial, vendiam t-shirts e canecas com os logos que aparecem em séries de TV e videojogos. As grandes lojas montaram pop-up stores para espremer mais alguns euros a quem quisesse acessórios para ter aquela vantagem no seu jogo predilecto ou simplesmente algo com mais pinta do que já tem. As marcas de consolas ocuparam, juntas, quase um pavilhão com novos títulos para todos os gostos e novas propostas de hardware. Mas o que me impressionou mais foram os stands de algumas marcas de hardware para PC, quase anfiteatros, dedicados aos eSports. Aqui, centenas de pessoas estiveram durante os três dias do evento a ver e a vibrar com competições de videojogos, quase como se fossem finais de campeonatos de futebol, cheias de dramatismo e reviravoltas repentinas nos resultados. Tudo o que vi levou-me a perceber uma coisa: o PC, como plataforma para jogos, não está morto. O investimento continuo das marcas de hardware e software é prova disso. A única coisa que aconteceu é que as vendas de software, leia-se ‘jogos’, passaram das lojas físicas para a Internet e, do lado do hardware, o mercado está mais selectivo. Os consumidores sabem o que querem e já não compram tão discriminadamente.