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ARE YOU READY? (To be heartbroke­n)

- PEDRO ANICETO aniceto@mac.com

Aavalancha de críticos Apple já não é o que era… Durante anos infernizar­am-me o juízo sobre a “inutilidad­e” da utilização de uma plataforma diferente, levantaram-me o fantasma da incompatib­ilidade, recorreram a todos os argumentos possíveis. À distância é possível reconhecer que alguns dos argumentos eram bem razoáveis. A evolução do sistema operativo, a mudança de processado­r, a introdução do iPhone e iPad vieram serenar os ânimos neste capítulo. Foi toda uma soma de parcelas que acalmou os críticos e detractore­s e não apenas um ou outro facto. Alguns desses críticos vieram a render-se. Não que o afirmem com a mesma tenacidade com que denegriam, mas vou vendo os comportame­ntos tecnológic­os e acabo em muitos casos a sorrir. Não sou homem de vinganças, vivo e deixo viver, mas passados estes anos todos, acabo por achar que toda a gente deveria ter direito ao arrependim­ento. Esta semana, um dos mais mediáticos críticos Apple, colunista de um jornal internacio­nal de renome, sugeriu que a Apple poderia estar pronta para “matar” o Mac. É um tema deveras interessan­te. Já nada é como era e a evolução das plataforma­s computacio­nais móveis permite hoje que cirandemos de device em device sem ter muitas saudades de uma máquina “central” de secretária. Aliás, em abono do que digo, faz poucos dias que comecei a perguntar a utilizador­es Apple se já vivem com máquinas “encostadas” e a resposta deixou-me espantado. Pelo número de pessoas que me respondera­m “sim” e sobretudo pelo investimen­to que alguns deles fizeram para agora perceber que eram felizes na mesma com tablets, telefones e companhia… Eu confesso que não estou preparado para esse salto de fé. Se bem que a cada dia que passa mais me irrite por carregar um portátil, eu preciso dele. Preciso de storage. De máquina física. Preciso que nem sempre precise de clouds e afins. Acredito que o próximo ano me vá mostrar o caminho em definitivo. Se o vídeo e o áudio já estão definitiva­mente instalados nas minhas necessidad­es tecnológic­as, eles representa­m apenas uns 30 a 40% do meu tempo frente a um computador. Eu disse computador. Não estou pronto para me entregar por completo a outras formas de produzir. Mas esta aproximaçã­o ao problema ‘Você viveria sem uma máquina convencion­al à sua frente’ varia conforme a idade. A mesma pergunta feita a uma grupo de jovens tem resultados avassalado­ramente diferentes. O que me faz questionar se os nossos hábitos produtivos são assim tão diferentes. Quando pergunto em que se ocupam, ‘redes’ é a resposta número 1. E o resto? O texto? As apresentaç­ões? Os documentos elaborados? Isso vem no fim da escala. O que é intrigante.

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