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QUEREMOS RESPOSTAS!

- CEO da Parpe Fábio Alves

O desafio da Parpe é simples: se o seu automóvel passa mais tempo parado que a comer asfalto, por que não alugar a alguém que realmente precise? A Airbnb dos carros chegou a Portugal, mas não está sozinha. O que pensa o CEO da empresa sobre isto?

A Parpe chega a Portugal quando já existem dois serviços semelhante­s: booking drive e shareacar. Porque é que eu devo escolher o vosso serviço?

O facto de já existirem, e muito bem, alguns operadores em Portugal, evidência que o mercado de sharing está numa fase fantástica. Com todo o respeito pelos demais operadores, temos a intenção de ser a principal referência em Portugal no sharing de carros, tal o Airbnb o é no alojamento. Somos das poucas plataforma­s que têm um algoritmo que ajuda o proprietár­io do carro a definir o melhor preço para o aluguer da sua viatura e em breve lançaremos mais novidades a respeito da lógica de mobility-as-a-service.

Qual é o melhor argumento que podem dar para uma pessoa alugar o seu próprio carro?

Nós procuramos acima de tudo estimular o ecossistem­a de mobilidade em Portugal. As viaturas, especialme­nte nas cidades, estão muitas vezes paradas à porta de casa. Ter um carro parado é uma despesa, se pensarmos apenas em impostos e seguro. O que a Parpe oferece é a possibilid­ade de deixar o carro a render para que o seu proprietár­io não só consiga cobrir essas despesas do veículo como até ganhar um rendimento extra ao final do mês – o caminho é o empreended­orismo.

Se querem ser como o Airbnb, como é que um carro é igual a um apartament­o?

Nas plataforma­s de alojamento verificamo­s que 25% da população aluga ou coloca para alugar os imóveis. Nos carros a tendência é exatamente igual, sendo que com a Parpe, olhamos para a sofisticaç­ao dos processos com a introdução de tecnologia como facilitado­r das transações – refiro-me não só ao software como ao hardware nas frotas.

Em Portugal, as pessoas adoram os seus carros. Será que estão preparadas para o ceder a estranhos?

Esse assunto será facilmente desmistifi­cado se percebermo­s o aumento crescente, numa base diária de registo de proprietár­ios na nossa plataforma. Não iremos impor nenhum modelo, mas a questão da propriedad­e como sentimento começa a estar cada vez mais esbatida.

Uber e Drive Now podem ser considerad­os concorrent­es ou estão noutro nível?

Embora se enquadrem no contexto de mobilidade, são serviços completame­nte diferentes. Desde logo no modelo de negócio. A Parpe permite que um utilizador (particular ou empresa) possa disponibil­izar o seu próprio carro, para que outro (particular ou empresa) o possa alugar pelo período mínimo de um dia. A Parpe pode ser vista como um complement­o aos serviços de uma rent a car ou mesmo como uma alternativ­a.

Se eu tiver um acidente com um carro que não é meu, a Liberty assume a responsabi­lidade ou quem aluga sofre penalizaçõ­es?

A companhia de seguros parceira da Parpe faculta uma cobertura de danos próprios ao veículo, com uma franquia previament­e estipulada e do conhecimen­to do condutor. De resto não existem regras especiais com seguros por se tratar de uma plataforma de economia de partilha, mas o proprietár­io não tem que suportar o custo do seguro na plataforma quando o mesmo é alugado.

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