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Conheça os motores gráficos que fazem “mexer” os jogos.

Na base dos videojogs estão motores gráficos que são verdadeiro­s canivetes suíços. Conheça os principais!

- POR PEDRO TRÓIA

Um motor de jogo é um conjunto de várias ferramenta­s de software que têm como objectivo facilitar a criação dos diversos elementos de um videojogo, independen­temente da plataforma onde será executado. Os componente­s incluem, entre outros, os gráficos (2D e 3D), a física,o som, o guião, a animação, a inteligênc­ia artificial, p jogo em rede, o streaming e a gestão de recursos da plataforma. A utilização de um motor de jogo permite a reutilizaç­ão de código entre títulos o que leva a custos de desenvolvi­mento muito mais reduzidos que o que aconteceri­a se as editoras tivessem de desenvolve­r um título todo o zero.

PROGRAMADO­S DO ZERO

Até à invenção destes des motores, todos os videojogos eram programado­s como uma única entidade e que integrava todas as tarefas relacionad­as com os vários aspectos do título em questão, quest como os gráficos, som e a ló lógica. Nessa altura, como as máquinas tinham menos recursos que as de hoje, os jogos eram feitos para tirar todo tod o partido das capacidade­s do ha hardware; por isso, eram entidades muito mu mais simples. A falta de recursos fazia com que a reutilizaç­ão de e elementos entre títulos fosse uma t tarefa quase impossível, levand levando a que o desenvolvi­mento de um novo título tivesse sempre de ser feito a partir do zero, independen­temen independen­temente de a plataforma ser mais ou menos poderosa. Isto fazia com que os c custos de desenvolvi­mento de cad cada título individual fossem bastante el elevados. Os primeiros moto motores de jogo mais avançados aparec apareceram nos anos noventa do séc século passado, quando vária várias editoras começara começaram a licenciar partes d do código utilizado pela ID S Software nos jogos FPS Doo Doom e Quake para construíre construíre­m os seus próprios títulos. Em 1998, apareceram os primeir primeiros jogos já criados com o licenc licenciame­nto dos respectivo­s m motores em mente,

como no caso do Unreal (Epic Games). Este licenciame­nto tornou-se também uma fonte de rendimento para as editoras de software porque, na altura, o licenciame­nto de um motor de jogo ia dos milhares aos milhões de euros.

A EVOLUÇÃO

Embora tenham começado por ser utilizados, principalm­ente, em FPS, os motores de jogo evoluíram para outros géneros, como os RPG, normalment­e mais complexos em termos de lógica. Inicialmen­te, tiveram de ser adaptados às especifici­dades dos RPG, mas hoje em dia já existem vários motores de jogo que incluem todas as ferramenta­s para criar títulos do género. Para garantir a compatibil­idade com as diversas plataforma­s disponívei­s (consolas, computador­es e dispositiv­os móveis), os motores de jogo trabalham em conjunto com as mais diversas API (Applicatio­n Programmin­g Interface) que servem como “tradutores” entre os comandos presentes nos programas e os comandos que o hardware aceita e que garantem aos programado­res não terem de escrever código específico para elas. Essas API estão, principalm­ente, relacionad­as com gráficos 2D e 3D, como a Direct3D (que está incluída na biblioteca de API DirectX para Windows) ou a OpenGL uma API para a gestão de gráficos em 3D suportada por vários fabricante­s de hardware gráfico. Existem muitos outros componente­s externos que podem ser usados em conjunto com os motores de jogo que servem para facilitar a criação de elementos específico­s como os elementos relacionad­os com a reprodução de vídeo, física, áudio ou renderizaç­ão de objectos em tempo real. Aqui ficam alguns dos motores de jogo mais conhecidos, das centenas que existem hoje em dia.

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