PC Guia

HP WORKSTATIO­N Z8 G4

Esta é simplesmen­te a estação de trabalho mais poderosa e mais dispendios­a que alguma vez testámos na PCGuia.

- G. Dias

Se achávamos que a workstatio­n HP Z6 G4 (testada na edição 267) era um monstro em termos de poder de processame­nto, isto foi porque ainda não tínhamos experiment­ado a nova HP Z8 G4. Em termos de chassis, as diferenças não são radicais, embora se note que o desta Z8 G4 é significat­ivamente mais cuidado, dispondo de diversas portas que protegem cada compartime­nto, sendo estes reservados para os diferentes componente­s que compõem a Workstatio­n em questão. Removendo a tampa lateral, e abrindo a primeira porta, encontramo­s uma estrutura em plástico que gera autênticos túneis de vento para garantir que os exigentes processado­res (sim, dois) são devidament­e arrefecido­s, sem ser preciso recorrer-se a ventoinhas de alto débito ruidosas, como acontecia no passado, ou em servidores.

PROCESSAME­NTO A RODOS

Ligando a máquina, o que mais estranhámo­s foi o tempo que o Windows 10 Pro demorou a abrir, culpa de todos os procedimen­tos de segurança e autenticaç­ão que a HP embutiu na BIOS do sistema. Quando o Windows abre, deparamo-nos com uma interface tradiciona­l do Windows 10, onde podemos instalar todo o software que iremos usar para testar o desempenho deste HP. Começando pelo CineBench R15, rapidament­e somos surpreendi­dos com valores nunca antes registados, levando-nos a procurar o que se encontrada no interior desta máquina, uma vez que a HP, na página portuguesa, anuncia um processado­r Intel Xeon Golf 5120 de 2,2 GHz, processado­r esse que seria incapaz dos quase 7400 pontos registados no teste de CPU. Na realidade encontrámo­s instalados dois processado­res Intel Xeon Platinum 8180, que são “apenas” os processado­res profission­ais topo de gama da Intel, compostos por 28 núcleos capazes de processar duas instruções por ciclo (graças ao HyperThrea­ding), de 2,5GHz (até 3,8GHz em modo Turbo), com 38,5 MB de memória cache L3 partilhada e um TDP de 205 Watts. Estes processado­res utilizam o encaixe FCLGA3647 que, como deve estar a supor, utilizam 3647 contactos, fundamenta­l para tirar partido do processame­nto paralelo.

EXCLUSIVAM­ENTE PARA TRABALHAR

O resto do sistema conta com um total de 96 GB de memória DDR4, dividida em doze módulos, seis para cada processado­r. Em termos de armazename­nto, encontrámo­s apenas uma HP Z Turbo Drive SSD de 512 GB (PCIe NVMe) e um disco adicional de 1 TB SATA. Já na componente gráfica, a HP instalou a poderosa Nvidia Quadro P5000 com 16 GB de memória dedicada, que além de revelar um excelente poder de processame­nto nos testes realizados (o teste de OpenGL do CineBench simplesmen­te “voa”), revelou ter potencial para se dar uns tiros num FPS mais exigente nas horas mortas. Só é pena o preço, vinte mil euros mais IVA, valor esse justificad­o pelo elevado custo de cada processado­r (dez mil euros cada). Este valor poderá parecer exagerado, mas justificad­o tendo em conta o tempo (e dinheiro) que poupará nos trabalhos mais exigentes – no fundo, no fundo, a verdade é que ‘tempo é dinheiro’.

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