CÁ VAMOS NÓS OUTRA VEZ…
Aconteceu com o HD, aconteceu com o FullHD, aconteceu com o 3D, aconteceu com o 4K e voltamos ao mesmo... 8K. Quem é que precisa do 8K? O público, que ainda nem sequer conseguiram tirar partido dos conteúdos 4K e HDR que estão, lentamente, a chegar ao mercado, ou as marcas, que precisam de “modas” para continuarem a incentivar as pessoas a procurar as últimas novidades? A visita à IFA, feira de tecnologias de Berlim, permitiu analisar diversas coisas sobre a questão das modas e a conclusão a que cheguei foi a seguinte: o 3D está morto; O IoT já não é uma moda; a inteligência artificial veio para ficar; o OLED venceu a guerra face ao QLED; o 8K ainda não consegue convencer que este é o formato que esperamos. A explicação para este último ponto é simples: bastou questionar os responsáveis de todas as marcas sobre a disponibilidade dos modelos divulgados. A resposta foi a mesma em todos os stands: «Estamos a aguardar a receptividade do mercado». Bem, todos menos a Samsung, o único fabricante a assumir que o 8K é o futuro, ou simplesmente porque precisam de uma “bandeira” para se manterem relevantes, num ano particularmente difícil em que tem perdido quota de mercado face ao rival LG. Ou seja, a Samsung é o único fabricante que deverá estar a receber as primeiras unidades em Portugal no final do mês de Setembro, início de Outubro. Para fugirem ao eterno dilema da inexistência de conteúdos que justifiquem a compra de um televisor 8K, a Samsung defende-se ao afirmar que o preço da nova TV 8K não será muito diferente do da actual 4K, bem como pela integração de um sistema de upscaling de imagem para 8K garantindo assim melhores resultados face sistemas de upscaling usados até agora. Só testando para comprovar, mas voltamos aos mesmos problemas no início de ciclo de cada tecnologia: é dificil podermos justificar a compra de um equipamento novo em detrimento de um actual, que tem tudo para o deixar satisfeito com as suas necessidades actuais.