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DEFEITOS ESPECIAIS

- RICARDO DURAND Editor

O Ricardo Durand escreve sobre pequenas irritações.

Final de Agosto é a altura que eu escolho para tirar férias e afastar-me uns dias da confusão da cidade. É pena que algumas coisas também não tirem férias e que me continuem a chatear. Até as numerei para isto ficar uma bela e ordenada lista de parvoíces. 1 - Temos de combinar qualquer coisa: pois temos, nem que seja em Agosto de 2037, já com os nossos netos e tudo. Não vale a pena prometer se não vai cumprir. Mas o pior mesmo, mesmo, é «combinar um cafezinho». É de fugir. 2 - Grupos de apostas desportiva­s no Facebook: se é para juntarem num boletim os jogos com as odds mais baixas, deixem estar. Assim, também eu abro um grupo e ajudo as pessoas a ganharem dois euros por dia com os meus palpites cheiros de análises demoradíss­imas por trás. 3 - Cortar ao meio as rotundas: os bebés aprendem a gatinhar, a dizer as primeiras palavras, a andar e, qual seria o passo mais lógico a seguir? Saber fazer uma rotunda como deve ser. É incrível como ainda há quem saia directamen­te da faixa de dentro para sair quando lhes apetece. 4 - Atrasos: quando sei que a minha presença a horas depende de algo começar a horas (como a saída de um autocarro cheio de jornalista­s para algum lado), eu chego mais cedo que a hora que me pedem. Mas há umas aventesmas que se devem achar mais que os outros e que atrasam tudo. Se fosse para apanhar um avião, também seria assim? Chegar atrasado a algum lado é uma falta de respeito e só tem uma desculpa: a morte da própria pessoa. 5 - Queixas todos os anos sobre os preços dos iPhones: mas ninguém se queixa do preço da cerveja nos festivais. Dar 4 euros por uma imperial é perfeitame­nte aceitável, assim como gastar 50 paus em comida e bebida numa noite. 6 - Ocupar espaço muito próximo na areia: há praias que podiam ter 50 quilómetro­s de areal, mas aquela família com os putos a berrar, lancheiras para alimentar uma exploração pecuária e três chapéus de Sol escolhe sempre assentar arraiais a poucos metros de mim. Cinco minutos depois já me sinto um deles. E com vontade de dar um tiro na cabeça, claro.

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