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JOGOS

- R. Durand

Spider-man

Catorze anos depois de a Activison ter lançado o jogo Spider-man 2 para as consolas e computador, baseado no filme com o mesmo nome, chega aquele que é, sem dúvida, o melhor jogo do aranhiço e, provavelme­nte, um dos títulos do ano. Para criar a história deste jogo, a produtora Insomniac diz que não se baseou noutros filmes nem em comics do Homem-Aranha. O resultado é, por isso, uma história completame­nte original onde há várias personagen­s deste universo da Marvel que vamos encontrar em lugares diferentes e com outras funções. Vilões e aliados podem estar em lados opostos neste jogo, confundind­o um pouco a realidade a que estamos acostumado­s a ver na série Homem-Aranha.

OLÁ, PETER CIENTISTA; ADEUS, PETER JORNALISTA

Por exemplo, uma das novas realidades é que Peter Parker se formou e agora trabalha como cientista num laboratóri­o a Octavius Industries onde ajuda Otto (esse mesmo, o Dr. Octopus) a tentar que um projecto de uma prótese com interface neural tenha financiame­nto. É aqui, por exemplo, que vamos encontrar alguns dos minijogos que estão espalhados um pouco por todo a mapa do jogo. Peter precisa de arranjar circuitos ou descobrir novos elementos, em autênticos momentos de puzzle solving. Neste caso, são um pouco repetitivo­s, mas no global, se juntarmos todos os outros, acabam por tornar o jogo mais rico. Com os seus conhecimen­tos de mecânica e ciência, Peter também vai poder desenvolve­r gadgets e novos tipos de teia, a que se junta o desbloquei­o de novos fatos quando concluímos missões da história principal do jogo. Para isso são necessário­s tokens, que podem ser ganhos quando pomos fim a um assalto ou concluímos uma pesquisa nos centros de investigaç­ão da Oscorp que estão em vários pontos de Nova Iorque, um mapa gigante, fielmente reproduzid­o, para ser explorado, com muitos easter eggs para descobrir e objectos para apanhar.

JOGABILIDA­DE QUASE PERFEITA TRAÍDA PELAS CÂMARAS

O jogo, em si, é tipo um cruzamento entre GTA e os títulos de Batman da Rocksteady Studios (Arkham Asylum, City e Knight), ou seja, temos um mundo aberto para explorar de forma livre (Nova Iorque recriada fielmente, neste caso) e podemos fazer missões paralelas (side quests) para ganhar mais experiênci­a e pontos. Estas englobam, muitas das vezes, impedir crimes de acontecera­m na cidade que nunca dorme, como roubos a bancos ou joalharias. Aqui, o jogo tem uma grande vertente de beat’em up, com vários golpes a poderem ser executados com uma rápida combinação de botões, tipo Street Fighter ou Mortal Kombat. Em termos de jogabilida­de, tudo é muito fluido, mas vai ser complicado dominar na totalidade a parte dos combates, pois há muitos botões e combinaçõe­s para usar. A câmara, por vezes, também não se coloca no sítio certo para ajudar nisto. Resultado: ficamos sem o melhor ângulo para ver a cena toda e não conseguimo­s dar os golpes adequados às ocasiões.

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