CROSSOVER DO POVO?
‘Querida, encolhi o Tiguan’, ou será mais ‘Querida, estiquei o Polo’? O T-Cross revela-se uma lufada de ar fresco entre a actual gama Volkswagen.
Quando Ferdinand Porsche criou, a pedido do governo alemão dos anos trinta do século passado, aquele que viria a ser o derradeiro ‘carro do povo’ (que ficou conhecido, por cá, como ‘carocha’), estávamos longe de pensar que este projecto viria a criar o maior grupo automóvel do mundo.
Embora com muito sucesso (menos em Portugal, devido a outras causas), a Volkswagen tem tido dificuldades em voltar a criar um modelo acessível digno do nome da marca (‘volks’ significa ‘povo’ e wagen é ‘carro’, em alemão), como acreditamos que vá acontecer com o T-Cross. Derivado da plataforma MQB A0 do Polo, a mesma usada pelo “primo” SEAT Arona, o T-Cross tem um desenho jovial, cheio de personalidade (com inúmeras combinações de cores e equipamentos) e um comportamento ideal, não só para a cidade, como para pequenos percursos fora de estrada. Internamente, o T-Cross é baseado no Polo, embora a VW tenha voltado a cometer o mesmo erro que no T-Roc (modelo produzido em Portugal): a presença constante de plásticos rígidos, embora estes estejam montados aqui de forma exemplar e livre de ruídos parasitas. Dependendo do nível de equipamento escolhido, poderá ter acesso a um completo sistema de infoentretenimento com navegação e Android Auto/Apple CarPlay, sistema de som Beats e ferramentas de assistência à condução como a Front Assist e a Lane Assist, entre outras. Embora o T-Cross esteja disponível com motorização 1.0 TSI de três cilindros turbo a gasolina e 1.6 TDI diesel, ambos com 95 cavalos, é a versão 1.0 TSI de 115 cavalos a que deverá escolher, por oferecer melhor desempenho, sem prejudicar significativamente os consumos.