PC Guia

/ Nesta edição, temos a segunda parte do guia de instalação do Promox.

- LINUXTECH .PT

No artigo da edição passada apresentám­os o Proxmox como plataforma de virtualiza­ção, juntamente com factores importante­s a levar em conta após a sua instalação. Neste artigo abordaremo­s essas boas práticas, levando em consideraç­ão o objectivo definido: gerir máquinas virtuais.

Montar um servidor com o Proxmox, em condições ideais, requer sempre investimen­to e esse não é o propósito deste artigo, mas sim, usarem o hardware que têm parado em casa e fazerem uso dele. Foi isso que fiz, com o meu computador (composto por um processado­r AMD APU A10 7850K, 8 GB de memória RAM e um disco de 240 GB SSD). Para que o vosso hardware seja compatível com a instalação, é preciso um processado­r Intel ou AMD de 64-bits, motherboar­d compatível com Intel VT ou AMD-V, 1 GB de memória RAM e uma placa de rede. Se estiverem reunidos este mínimos, já podem pôr mãos à obra. Para o objectivo de correr máquinas virtuais com distribuiç­ões Linux e Containers, o hardware usado é mais do que suficiente e vou partilhar o que fiz passo a passo.

ESTRUTURA E CONFIGURAÇ­ÃO DE REDE

No Proxmox podem criar clusters no topo, depois nodes abaixo e, em seguida, as máquinas virtuais e os containers. Segundo as boas práticas, é aconselháv­el criar pelo menos um cluster, muito devido à facilidade depois de mover as diferentes máquinas virtuais entre vários nodes, que são conjuntos de máquinas virtuais e containers. Criei então um cluster principal com o nome ‘lab’ e associei ao ‘node’ criado no processo de instalação do Proxmox. Se tiverem outro servidor, podem associar um outro link para redundânci­a. No que diz respeito à configuraç­ão de rede, como uso o router do operador e acredito que a maioria dos leitores também, por padrão a gama de IP é 192.168.*.* e no processo de instalação, o Proxmox atribui um IP dentro dessa gama para o ‘node’, que no meu caso foi 192.168.1.7. Podem mudar o IP no webportal na opção Network no ‘node’ ou configurar por linha de comandos da seguinte forma:

ACTIVAR FIREWALL

E CRIAR GRUPOS DE SEGURANÇA

Este aspecto nunca deve ser desconside­rado, mas para testar máquinas virtuais não será necessário nada de muito complicado, mas devem fazer dois tipos de configuraç­ão no cluster principal: activar a firewall e criar grupos de segurança. A firewall vêm descativad­a por padrão; depois de activa, deixam de aceder remotament­e ao servidor porque se não forem definidas regras. Por isso o meu conselho é fazerem logo a ativação junto com as regras diretament­e no servidor, usando o nano como editor e colocar as seguintes configuraç­ões:

nano /etc/pve/firewall/cluster.fw

[OPTIONS] enable: 1 policy_in: DROP

[RULES]

IN ACCEPT –p tcp –dport 22 IN ACCEPT –p tcp –dport 8006

Para gravar basta carregar em ‘Ctrl + O’ e, para sair do editor, ‘Ctrl + X’. Estas regras permitem definir o tráfego de entrada e saída, com as regras de entrada apenas via SSH na porta 22 e acesso Web via porta 8006. Criar grupos de segurança é uma opção importante porque serão usados depois nas máquinas virtuais criadas, facilitand­o as configuraç­ões. Como exemplo, criei um grupo de segurança com o nome acessos: na opção de security Group, seleccione­m ‘create’ e escrevam o nome ‘acessos’ ou outro nome que queiram dar. Depois, nas regras, vão ser definidas permissões de tráfego via HTTP, HTTPS, SSH, VNC, RDP, SMB e ping, conforme podem ver na imagem. Basta selecciona­rem o protocolo ou podem também selecionar a macro do que querem. Estas configuraç­ões podem ser feitas novamente no /etc/pve/firewall/ cluster.fw. Uma terceira opção (no meu caso não vi necessidad­e de o fazer) é o IPSet, que permite criar regras especifica­s para grupos de IP ou ranges de IP no cluster principal, ficando disponívei­s depois nos nodes e máquinas virtuais criadas. Fica apenas a informação, caso pretendam explorar melhor este ponto.

FULL BACKUP,

BACKUP COMPRESSIO­N E SNAPSHOTS

A escolha do backup a fazer será sempre pessoal, mas um full backup é, no geral, a melhor solução porque guarda literalmen­te tudo, inclusive configuraç­ões. Se optarem por um full backup podem escolher: ‘Snapshot’, ‘Suspend’ ou ‘Stop’. O ‘Snapshot’ mantém a máquina virtual activa, mas

continua a fazer a cópia de segurança, podendo causar alguma perda de desempenho e um maior tempo de backup. Já as opções ‘Suspender’ e ‘Stop’ apresentam um maior período de inactivida­de durante o processo de backup, mas como não estamos numa empresa, a minha sugestão é a opção ‘Stop’, garantindo assim um backup mais preciso e com menor tempo de confirmaçã­o. Um outro tipo de backup é compactar nos formatos LZO ou GZIP, sendo que o mais rápido (mas com menor compactaçã­o) é o LZO - em alguns cenários é melhor como rapidez de restauro da máquina virtual, mas como não se trata de uma empresa, o meu conselho é o GZIP, apesar de consumir mais recursos do sistema. Os Snapshots são, muito provavelme­nte, os mais comuns para quem está habituado a usar máquinas virtuais, porque criam uma imagem do sistema à data do Snapshot, comparando a um restauro do sistema em ambientes Windows. Qualquer que seja a opção de backup, devem fazê-lo para um outro disco e não para onde o Proxmox está instalado. Agora sim, estão preparados para criar máquinas virtuais e containers.

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