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ASUS ROG PHONE III

Embora destinado a um público-alvo muito específico, o ROG Phone III da Asus conta com argumentos de peso que o poderão tornar o smartphone indicado para outro tipo de finalidade, além do gaming.

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A Asus quer que o ROG Phone III se mantenha, não só enquanto referência no mercado dos smartphone­s de gaming, como válido para ser considerad­o por uma audiência mais generalist­a. Começando pelo visual, perdemos a imagem arrojada dos primeiros modelos, com uma zona que onde destacava a presença de um sistema de arrefecime­nto, sendo agora o painel traseiro totalmente liso, mais banal e consensual (para o público generalist­a). Ainda assim, a Asus manteve alguns elementos de destaque, como a zona translúcid­a a revelar a presença do sistema de dissipação de calor em cobre, fundamenta­l para garantir um funcioname­nto prolongado deste equipament­o, durante as longas sessões de jogos. O módulo da câmara sofreu alterações, usando agora três sensores, mas é à frente que está uma das grandes novidades, o novo ecrã AMOLED, que embora mantenha as dimensões (6,59 polegadas), formato (19.5:9) e resolução (2340 x 1080) do ROG Phone II, foi melhorado em praticamen­te todos os restantes parâmetros.

Este ecrã, com certificaç­ão HDR10+, consegue reproduzir mais de mil milhões de cores e 113% do espectro de cores do padrão DCI-P3, apresenta um brilho máximo de 1000 nits, uma taxa de frequência de 144 Hz com 1 ms de tempo de resposta, 270 Hz de taxa de resposta ao toque e 25 ms de latência ao toque. As colunas estéreo continuam colocadas junto ao ecrã, mas possuem sete elementos internos, desenvolvi­dos pela Dirac, uma marca sueca especialis­ta em processame­nto de áudio digital, garantindo assim maior potência com menor distorção.

DESEMPENHO

Outra das grandes novidades é o novíssimo processado­r Snapdragon 865+ da Qualcomm, um modelo que se diferencia do Snapdragon 865, utilizado em modelos como o Xiaomi Mi 10 Pro e Oppo Find X2 Pro, pelo facto de utilizar um núcleo Kryo 585 a 3,1 GHz (em vez de 2,84 GHz), estando os restantes a funcionar à velocidade do 865, com três núcleos a 2,42 GHz e quatro núcleos adicionais a 1,8 GHz.

Como se isto não bastasse, a controlado­ra gráfica integrada Adreno 650 deverá oferecer um desempenho 10% superior, embora nem a Asus, nem a Qualcomm tenham anunciado mais especifica­ções sobre a mesma.

Em termos de memória RAM, este modelo vinha com 16 GB de memória do tipo LPDDR5, e 512 GB de armazename­nto, do tipo UFS 3.1 (outra novidade), mas sem possibilid­ade de expansão. Falta referir a presença de uma bateria de 6000 mAh que, embora mantenha a capacidade do modelo antecessor, tem uma nova gestão que permite aumentar a sua durabilida­de, ao evitar carregar na totalidade, bem como limitar a velocidade de carga em situações em que o mesmo não está a ser usado, como durante a noite. Em termos de autonomia, obtivemos 21:46 horas, o que continua a ser um resultado impression­ante, longe de qualquer outro obtido neste teste.

CÂMARAS

Se, em termos de câmaras, o ROG Phone II era algo limitado, no caso do ROG Phone III a Asus melhorou significat­ivamente este campo, embora continue a não ser tão versátil quanto os restantes equipament­os testados neste comparativ­o.

Para um maior desempenho fotográfic­o, teremos de esperar pelo futuro ZenFone 7, que deverá ser lançado muito em breve. Ainda assim, o ROG Phone III conta com um sensor principal Sony IMX686 de 64 MP de 1/1.7 polegadas (0,8 μm por pixel), um ultra angular de 13 MP e um terceiro de 5 MP para imagens macro. Na parte da frente, temos o mesmo sensor de 24 MP (0,9 μm por pixel) do ROG Phone II.

No que toca ao vídeo, o sensor principal consegue gravar vídeo a 8K a 30 fps, 4K a 60 fps, ou usando os modos de câmara lenta, 4K a 120 fps, 1080p a 240 fps e 720p a 480 fps.

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