/ Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.
Ok, é claro que os computadores não podem ganhar mais neurónios de um momento para o outro, até porque os seus cérebros são essencialmente chips e circuitos. Mas quando falamos de supercomputadores, é assustador pensar na quantidade de cálculos que estas bisarmas tecnológicas podem fazer em segundos - neste caso tudo em nome da saúde.
Em causa está um investimento de quase dois milhões de euros que vai servir para melhorar o desempenho do Minho Advanced ComputingCenter (MACC), em Braga. Este reforço é feito no âmbito do projecto BigHPC (A Management Framework for Consolidated BigData and High-Performance Computing), liderado pela empresa nacional Wavecom, em parceria com o INESC TEC e o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP) e a Universidade do Texas. Esta última instituição de ensino dos EUA também vai sair beneficiada com a injecção dos 1,922 milhões de euros que vêm do Programa COMPETE 2020 e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) - o seu supercomputador TACC também vai ficar mais preparado para acelerar «descobertas na área da saúde», esclarece o INESC TEC. «O projecto potenciará a aceleração de descobertas científicas em áreas como a saúde e ciências naturais que são de momento suportadas por serviços HPC, ao permitir executar um número muito grande de cálculos, que de outra forma levariam meses ou anos», diz João Paulo, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). Aqui, a Wavecom surge como promotora do projecto e será responsável pela comercialização, que também pode ser usada noutros ambientes: «A plataforma poderá ser utilizada tanto por centros de computação avançada, como por empresas com centros de dados privados, de forma a tirarem melhor proveito dos seus recursos computacionais e de armazenamento e a providenciarem uma melhor experiência aos utilizadores que recorrem aos seus serviços», diz Bruno Antunes, investigador na Wavecom. Estes quase dois milhões de euros começam a ser aplicados às “massas cinzentas” dos dois computadores, numa operação que estará concluída em Março de 2023, altura em que MACC e TACC serão ainda mais... ‘super’.