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/ Um projecto de modding com o tema Enter the Matrix numa caixa Raijintek Enyo.

Projectos temáticos são sempre um bom desafio, não sendo necessário investir muito para fazer uma modificaçã­o de uma caixa inspirada numa série, filme ou anime que nos agrade. Este mês aceitamos o comprimido vermelho do modding.

- LUÍS ALVES

CONCEITO

A franquia Matrix é uma das que mais fascina qualquer fã de ficção científica desde o milénio passado (escrito desta forma, acentua ainda mais a idade do primeiro filme). Com detalhes e questões que ainda hoje são motivo de discussão sobre o que de facto é simulação e o que é real, o quarto filme deverá chegar no fim deste ano. Com o objetivo de modificar uma caixa com este tema de que tanto gosto, decidi partilhar convosco as ideias para este projecto que misturará aquilo de mais icónico que Matrix tem: o verde, o código e as texturas entre o metal e o vidro. A caixa escolhida é um verdadeiro­monstro e faz-me recordar a própria Nebuchadne­zzar, a nave de Morpheus: uma Raijintek Enyo.

MODIFICAÇíO

Sendo a Enyo uma caixa gigante em formato aberto, as opções de alteração dos painéis, sem exigir substituiç­ão total, são muito diminutas ou muito dispendios­as. Por esse motivo, irei utilizar o que a marca já incluiu a meu favor, aproveitan­do os grandes vidros temperados de 4 mm das laterais e substituin­do os outros por opções novas em alumínio escovado.

As laterais em vidro temperado vão receber um vinil e/ou gravação com o conhecido código da série, o logo do meu website e, na lateral oposta, o nome do projecto. A cor que faz mais sentido adicionar ao preto, ao vidro fumado e ao alumínio é, obviamente, o verde, que será incluido no sistema de água, sleeving e na iluminação, de que falarei mais à frente. A placa-mãe também não irá escapar à modificaçã­o, mas esses detalhes ficam para um próximo artigo.

REFRIGERAÇ­ÃO

Este será o sistema de watercooli­ng mais complexo com que já trabalhei, pela quantidade de componente­s que a caixa permite instalar e que eu quero aproveitar para experiment­ar. Ao todo, é possível instalar um máximo de 23 ventoinhas, distribuíd­as por

espaços onde se conseguem instalar quatro radiadores de 480 e um de 360 mm, desde que a espessura não seja superior a 65 mm. Vou usar um conjunto de dois reservatór­ios cilíndrico­s, líquido verde ou branco, várias bombas e para ventoinhas modelos Noiseblock­er com moldura e pás pretas. Para a placa gráfica, dado o mercado estar no estado em que está, estou a aguardar que a situação melhore, porque gostaria mesmo de colocar uma placa a água neste sistema.

RGB

Para ajudar a descomplic­ar a iluminação, vou usar uma motherboar­d NZXT que me permite controlar directamen­te fitas de LED e, se necessário, ventoinhas. O modelo que tenho disponível é de última geração, com chipset Z590 da Intel, que além dos acessórios da própria marca também permitirá controlar os outros componente­s RGB como a iluminação do bloco do CPU. Entre os efeitos mais básicos estou a considerar o efeito linear em verde, para simular o código a percorrer o ecrã, assim como pequenos detalhes em amarelo, a código de cor que as máquinas assumem.

GRELHAS E VIDROS

Os vidros mais pequenos que cobriam apenas secções de ventoinhas serão substituíd­os por grelhas em alumínio escovado da Bitspower - pelo menos é esse o plano. Esta alteração irá permitir dar um aspecto de máquina à estrutura, em contraste com o preto anodizado da caixa original. Se forem necessário­s espaçadore­s, como os vidros originais têm, irei com certeza apostar na impressão 3D do necessário, com o tamanho exacto.

«Este será o sistema de watercooli­ng maiscomple­xo com que já trabalhei, pela quantidade de componente­s que a caixa permite instalar».

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