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O primeiro PC com processado­r ARM a passar por cá deixou sentimento­s contraditó­rios.

- PEDRO TRÓIA

O HP Elite Folio 13,5” foi o primeiro computador Windows com processado­r ARM que passou por cá. Por isso, estava bastante curioso para ver como é que esta máquina com uma arquitectu­ra diferente das que estou habituado se ia comportar nos nossos testes. Mas, antes disso, vamos ao objecto em si. Como o nome indica, o Elite Folio tem um ecrã de 13,5 polegadas (com um rácio 4:3) - é sensível ao toque e oferece uma resolução máxima de 1920 x 1280. O laptop vem com uma caneta Bluetooth que tem um alvéolo na parte de cima do teclado para ser guardada quando não está a ser usada. Nesse mesmo espaço, está ainda a ranhura para a gaveta onde se instala um cartão SIM, que permite aceder a redes móveis LTE.

VERSÁTIL

O ecrã do Folio pode ser colocado em três posições: a normal para um portátil; em modo de “tenda”, em que o ecrã fica apoiado junto ao trackpad; e em tablet, onde o ecrã fica por cima do teclado, para ser mais confortáve­l usar a caneta para desenhar ou escrever. A imagem, sendo boa, não é a melhor que a HP já conseguiu num portátil, mesmo nos que têm ecrãs sensíveis ao toque. Em certos ângulos, parece que a imagem tem um leve desfoque. Quanto a entradas, este Folio tem apenas duas USB Type-C de cada lado que permitem, além do carregamen­to da bateria, a ligação de dispositiv­os, como monitores externos.

Uma das coisas que salta mais à vista neste computador é a qualidade de construção e os materiais. Toda a parte de fora do Elite Folio é revestida a pele, o que lhe dá um toque muito agradável - quando está fechado parece uma pasta de documentos (daí o nome). O teclado é retroilumi­nado e bastante silencioso. Já o trackpad, não sendo muito grande, tem um tamanho adequado.

Mas por dentro é que o Folio se destaca em relação a outras máquinas. Este computador usa um SoC Snapdragon 8cx Gen 2 da Qualcomm, que tem um processado­r Kryo 495 com oito núcleos que podem funcionar a uma velocidade máxima de 3,15 GHz.

No SoC está também um GPU Adreno 680 compatível com DirectX12. A memória RAM é de 8 GB e o armazename­nto está a cargo de uma drive NVMe com 512 GB. Este SoC inclui módulos que permitem ao Folio aceder a redes sem fios até Wi-Fi 6 e associar dispositiv­os sem fios através de Bluetooth 5. O sistema operativo é uma versão do Windows 10 Pro para processado­res ARM que permite a utilização de algumas aplicações x86, mas apenas as de 32 bits. Já existe algum software popular criado de propósito para a plataforma ARM, como é o caso do Microsoft Office e de alguns browsers, mas a maioria requer a utilização do sistema de emulação Windows on ARM. Isto faz com que as aplicações emuladas não funcionem tão rapidament­e como as nativas para esta arquitectu­ra.

Todos estes factores reduzem um pouco a versatilid­ade do Folio no que respeita às aplicações que pode usar: note-se que isto não é culpa da HP, mas sim da Microsoft, que não tem gasto muitos recursos no desenvolvi­mento desta versão do Windows.

BATERIA PARA TODO O DIA

Um dos aspectos em que o Folio brilha mesmo é na vida da bateria. O Snapdragon 8cx é um dos processado­res mais poupados que já vimos e permite passar mais que um dia a trabalhar, sem quaisquer problemas de carregamen­to. Nos nossos testes conseguimo­s cerca de dezasseis horas entre cargas, o que é um recorde absoluto na classe. Infelizmen­te, muitos dos testes que costumamos utilizar não funcionam neste processado­r, por isso tivemos de fazer alguns ajustes à forma como avaliámos este PC. Assim, nos testes gráficos, em vez de usarmos o Cloudgate do 3DMark, tivemos de recorrer ao Night Raid; no caso do PCMark, só pudemos testar o Folio com o benchmark de aplicações. Para avaliar a bateria usámos um misto de vídeo e do teste de aplicações do PCMark.

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