/ TESTES HP Elite Folio Portégé X30W-J-10C Lenovo Legion Phone Duel 2 Asus Zephyrus G15 GA503 BeQuiet Dark Power 12 750W TCL 20 5G
O primeiro PC com processador ARM a passar por cá deixou sentimentos contraditórios.
O HP Elite Folio 13,5” foi o primeiro computador Windows com processador ARM que passou por cá. Por isso, estava bastante curioso para ver como é que esta máquina com uma arquitectura diferente das que estou habituado se ia comportar nos nossos testes. Mas, antes disso, vamos ao objecto em si. Como o nome indica, o Elite Folio tem um ecrã de 13,5 polegadas (com um rácio 4:3) - é sensível ao toque e oferece uma resolução máxima de 1920 x 1280. O laptop vem com uma caneta Bluetooth que tem um alvéolo na parte de cima do teclado para ser guardada quando não está a ser usada. Nesse mesmo espaço, está ainda a ranhura para a gaveta onde se instala um cartão SIM, que permite aceder a redes móveis LTE.
VERSÁTIL
O ecrã do Folio pode ser colocado em três posições: a normal para um portátil; em modo de “tenda”, em que o ecrã fica apoiado junto ao trackpad; e em tablet, onde o ecrã fica por cima do teclado, para ser mais confortável usar a caneta para desenhar ou escrever. A imagem, sendo boa, não é a melhor que a HP já conseguiu num portátil, mesmo nos que têm ecrãs sensíveis ao toque. Em certos ângulos, parece que a imagem tem um leve desfoque. Quanto a entradas, este Folio tem apenas duas USB Type-C de cada lado que permitem, além do carregamento da bateria, a ligação de dispositivos, como monitores externos.
Uma das coisas que salta mais à vista neste computador é a qualidade de construção e os materiais. Toda a parte de fora do Elite Folio é revestida a pele, o que lhe dá um toque muito agradável - quando está fechado parece uma pasta de documentos (daí o nome). O teclado é retroiluminado e bastante silencioso. Já o trackpad, não sendo muito grande, tem um tamanho adequado.
Mas por dentro é que o Folio se destaca em relação a outras máquinas. Este computador usa um SoC Snapdragon 8cx Gen 2 da Qualcomm, que tem um processador Kryo 495 com oito núcleos que podem funcionar a uma velocidade máxima de 3,15 GHz.
No SoC está também um GPU Adreno 680 compatível com DirectX12. A memória RAM é de 8 GB e o armazenamento está a cargo de uma drive NVMe com 512 GB. Este SoC inclui módulos que permitem ao Folio aceder a redes sem fios até Wi-Fi 6 e associar dispositivos sem fios através de Bluetooth 5. O sistema operativo é uma versão do Windows 10 Pro para processadores ARM que permite a utilização de algumas aplicações x86, mas apenas as de 32 bits. Já existe algum software popular criado de propósito para a plataforma ARM, como é o caso do Microsoft Office e de alguns browsers, mas a maioria requer a utilização do sistema de emulação Windows on ARM. Isto faz com que as aplicações emuladas não funcionem tão rapidamente como as nativas para esta arquitectura.
Todos estes factores reduzem um pouco a versatilidade do Folio no que respeita às aplicações que pode usar: note-se que isto não é culpa da HP, mas sim da Microsoft, que não tem gasto muitos recursos no desenvolvimento desta versão do Windows.
BATERIA PARA TODO O DIA
Um dos aspectos em que o Folio brilha mesmo é na vida da bateria. O Snapdragon 8cx é um dos processadores mais poupados que já vimos e permite passar mais que um dia a trabalhar, sem quaisquer problemas de carregamento. Nos nossos testes conseguimos cerca de dezasseis horas entre cargas, o que é um recorde absoluto na classe. Infelizmente, muitos dos testes que costumamos utilizar não funcionam neste processador, por isso tivemos de fazer alguns ajustes à forma como avaliámos este PC. Assim, nos testes gráficos, em vez de usarmos o Cloudgate do 3DMark, tivemos de recorrer ao Night Raid; no caso do PCMark, só pudemos testar o Folio com o benchmark de aplicações. Para avaliar a bateria usámos um misto de vídeo e do teste de aplicações do PCMark.