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/ TECNOLOGIA EM MOVIMENTO

- GUSTAVO DIAS Chefe de Redacção

O Gustavo Dias explica por que motivo os carros eléctricos ainda não são para todos.

Desde que me mudei para Grândola, tive de criar novos hábitos, como passar mais de uma hora ao volante (por viagem) - só que em vez de estar parado no meio do IC19, é agora passada a percorrer as belíssimas paisagens da N10. Outra grande vantagem é o facto de, ao longo do percurso, conseguir manter sempre uma velocidade constante, dentro dos limites legais, o que me tem permitido reduzir significat­ivamente os consumos do meu Skoda Octavia 1.6 TDI, que antes dificilmen­te conseguia uma autonomia superior a 800 km em cidade, e agora consegue sempre fazer mais de 1200 km por depósito. Mas a razão deste meu texto é que, ao longo das últimas semanas, tenho regressado aos ensaios para a motormais.pt, tendo inclusive testado alguns veículos eléctricos, bem como híbridos plug-in. O resultado é estranho, pois agora existe uma maior necessidad­e em termos de autonomia e, ao mesmo tempo, uma maior dificuldad­e nas condições de carregamen­to dos mesmos, já que em Grândola apenas existem dois postos públicos: um de alta velocidade (até 50 kWh) e um intermédio (22 kWh). Com o Nissan Leaf e+ (bateria de 62 kWh, 56 kWh úteis), consegui ir a Grândola e regressar a Lisboa (uma viagem pela N10 e outra pela A2), sem sequer olhar para a autonomia, mas nem todos os automóveis eléctricos são capazes de tal feito, obrigando a um carregamen­to completo quando chegava ao destino. Ou seja, a mobilidade eléctrica já é uma realidade para muitos, mas ainda não é a solução ideal para toda a gente, especialme­nte para quem vive fora da cidade. Os automóveis com motor de combustão ainda são necessário­s e acredito que podem evoluir bastante para serem cada vez mais económicos e ecológicos.

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