Record (Portugal)

A crise no balneário

- António Magalhães Diretor

Os sonhos vendidos no início da época não têm correspond­ência à realidade que o Sporting vive ao dobrar a 1.ª volta da Liga. São 8 pontos de atraso em relação ao Benfica e 4 do FC Porto numa campanha que representa menos 10 pontos (!) do que aqueles que os leões somavam na época passada. Acresce a saída da Europa e da Taça CTT. Resta uma ténue esperança no título e a Taça de Portugal que tem amanhã dia de ‘mata-mata’.

AMANHÃ É DIA DE ‘ MATAMATA’ EM CHAVES MAS AS MUDANÇAS JÁ ESTÃO EM CURSO. O FUTURO SE VERÁ

Em Chaves, o Sporting perdeu uma oportunida­de de oiro para recuperar fôlego e ganhou uma crise sem precedente­s desde que Bruno de Carvalho é presidente. Por tudo isto, e por estarmos tão próximos de eleições, é natural que o líder leonino tenha decretado o estado de emergência e tomado decisões – sobre as quais provavelme­nte já há algum tempo refletia – que têm a ver com a estrutura e o funcioname­nto do futebol do clube.

O dossiê das contrataçõ­es irá ter uma orientação diferente, promovendo-se a aposta em jogado- res com margem de progressão em vez de vedetas conformada­s. A leitura é clara: BdC quer recuperar o controlo e o poder deste pelouro depois de o ter confiado em absoluto a Jesus. O que ainda mais está para vir, não se sabe. Mas o resultado do jogo de amanhã pode contribuir para acelerar outras medidas.

O empate de Chaves provocou

uma onda de contestaçã­o mas também uma crise de balneário que não é possível disfarçar. Mesmo que Adrien Silva e William Carvalho, adotando um ar pesaroso, tenham posto água na fervura, a verdade é que se torna evidente que há entre portas quem esteja interessad­o em passar uma imagem de conflitual­idade interna. E isso é mau, muito mau, para qualquer grupo de trabalho.

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