O apoio de Telles a Jota
NUNO ESPÍRITO SANTO APOSTOU NO EX-
Se as ausências de Brahimi (na CAN) e Otávio (lesionado) constituíam as maiores preocupações portistas para o jogo com o Moreirense, não deixa de ser interessante refletir sobre o que Nuno Espírito Santo decidiu para a esquerda do seu plano ofensivo. O treinador portista construiu a solução à volta do entendimento entre Alex Telles e Diogo Jota, o que significa ter
NA SEGUNDA PARTE, EM VANTAGEM NUMÉRICA, FOI MAIS FÁCIL JUNTAR DIOGO A ANDRÉ NO EIXO DO ATAQUE
colocado o ex-jogador do Paços de Ferreira claramente encostado à linha lateral esquerda. Não sendo um extremo puro, Jota utilizou o posicionamento como início de uma vasta e diversificada ação composta por inúmeros elementos, todos eles vocacionados para o apoio à zona central. Do flanco, o avançado articulou grande parte da ação (quase toda) com o lateral brasileiro: iniciou os movimentos como avançado-esquerdo [ 2] com indicações claras, que o jogo confirmaria plenamente com o seu desenrolar, de se aproximar de André Silva sempre que possível, de modo a abrir a frente de ataque com quatro unidades: Corona na direita, Alex Telles na esquerda, mais dois atacantes pela zona central [ 1].
As oscilações exibicionais dos azuis e brancos aconteceram enquanto esse entendimento não se consolidou. No segundo tempo, com o Moreirense reduzido a dez unidades, Telles encontrou maior disponibilidade para avançar no terreno (não tinha avançado direto para marcar), consolidando as condições que permitiram a Jota chegar-se a André Silva e, assim, dar mais presença à zona central do ataque portista. A importância de Jota, respeitando escrupulosamente a missão que lhe foi confiada, foi aumentada pela versatilidade revelada, como no caso do segundo golo, quando iniciou um contra-ataque desde o seu meio-campo, a que Corona deu seguimento e André Silva concluiu, de cabeça [ 3].