TOQUE DE KLÉBER CONTRA A CORRENTE
Briosa falhou um penálti; reentrou bem no jogo e empatou; no ataque à vitória... sofreu o 2.º golo
va, isto é, a vitória canarinha, posta em causa pela notável segunda parte dos estudantes, com a qual a equipa de Costinha procurou inverter a tendência de uma primeira metade equilibrada, marcada pelo penálti desperdiçado por Kaká, por fantástica defesa de Luís Ribeiro. É escusado analisar a questão do ponto de vista da justiça. A diferença esteve na eficácia, porque o Estoril foi tremendo no aproveitamento das ocasiões que criou e a Académica, depois do intervalo, pegou na bola e revelou superioridade clara; chegou ao empate e, quando procurou atirar-se à empreitada de vencer o duelo, sofreu o golo que ditou a derrota e gelou a fantástica falan- ge de apoio que veio de Coimbra – uma impressionante demonstração de grandeza de um enorme clube português.
Fica também a confirmação de que, sendo um desporto que depende em grande parte da qualidade coletiva, o futebol também aceita decisões de um homem só. O Estoril saiu vencedor porque o melhor jogador de todos quantos pisaram o relvado da Amoreira chama-se Kléber e defende as suas cores. Entrou, ambientouse ao jogo e decidiu-o com um golpe de cabeça fantástico. Ele foi o espelho perfeito, do ponto de vista individual, do todo mais amplo que foi a própria exibição estorilista: pouco mas bom. Não está ao alcance de todos. *