LEI DA VANTAGEM PODIA TER COMPLICADO
CENTRAL DEVIA TER SIDO LOGO EXPULSO E se Rúben Semedo aproveitasse a deixa e tivesse marcado no contra-ataque?
O árbitro Nuno Almeida assinou um trabalho positivo no Chaves-Sporting da 1ª Liga, mas cometeu um erro ao não ter exibido o vermelho direto a Rúben Semedo. Aos 72 minutos, o central do Sporting carregou Davidson de forma violenta e o juiz algarvio deu a lei da vantagem para mostrar o segundo amarelo na paragem seguinte. No caso forçou uma falta para não demorar muito tempo desde o lance até à amostragem do cartão, o que seria bem feito se fosse um amarelo simples.
Sendo o lance merecedor de expulsão, Nuno Almeida devia ter interrompido de imediato apartida para mostrar o segundo amarelo e consequente vermelho. São essas as instruções dadas aos árbitros: não se dá lei da vantagem para não permitir que um jogador continue no relvado quando devia ter sido expulso. No fundo está a beneficiar-se uma equipa que devia estar com menos um elemento em campo. Há, contudo, uma exceção: numa clara oportunidade de golo deve ser dada a lei da vantagem e aguardar para expulsar.
E se desse golo?
Record quis saber o que sucederia se o Sporting tivesse recuperado rapidamente a posse de bola e marcado no contra-ataque? E se fosse o próprio Rúben Semedo a marcar quando já tinha traçada a sen- tença de expulsão? Um cenário possível dado que o defesa dos leões continuou em campo, mas pouco provável.
De facto, é entendimento geral dos árbitros que essa si- tuação caricata nunca se verificaria até porque o lance ocorreu na zona defensiva do Sporting, ou seja, muito longe da baliza dos transmontanos. Mesmo assim, caso os leões conseguissem uma transição rápida e se estivesse a aproximar da zona ofensiva, o árbitro assinalava uma falta para interromper o jogo, atitude idêntica à que tomaria se a bola fosse recuperada pelo Chaves. E se a bola fosse parar a Rúben Semedo, o árbitro parava logo o jogo e mostrava-lhe o vermelho. *