Record (Portugal)

MIÚDOS BRILHAM NA ESTREIA

GOLOS DE GUEDES E BRUNO FERNANDES EM ARRANQUE PROMISSOR

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primeira volta para a muralha cair está dada. Nem foi preciso ter sempre a nota artística a que a Seleção Nacional sub-21 tem habituado os adeptos, mas Portugal já tem na bagagem três importante­s pontos na luta para chegar às ‘meias’ do Europeu. A Sérvia fica a coçar a cabeça depois de ter desperdiça­do várias boas oportunida­des, mas o que faltou em nota artística... sobrou em eficácia. Aliás, até se pode dizer que esse aproveitam­ento só não se revelou impecável aos 5 minutos, quando Rúben Neves correspond­eu a um cabeceamen­to de Rúben Semedo e atirou ao poste. O primeiro aviso estava dado. O problema é que parecia ser o único. A Sérvia acordou, sempre com o maestro Zivkovic a dar o tom, como aconteceu aos 27’, quando Djurdjevic atirou ao lado só com Bruno Varela pela frente. Que calafrio! Mas Portugal tinha resposta para dar. Diogo Jota falhou, mas Gonçalo Guedes não deu hipóteses. Podence cruzou, Milinkovic­Savic afastou mal e o avançado do Paris Saint-Germain cabeceou sem problemas. Quem diria que, no meio dos gigantes sérvios, o primeiro golo a caminho do sonho seria de cabeça...

Veio o intervalo e Renato Sanches estava em pulgas para entrar. Ainda não era altura. Quem saltou para o relvado foi Bruma, que transformo­u o 4x4x2 em 4x3x3 e deu velocidade ao ataque. O problema é que a Sérvia se mostrou mais incisiva e Grujic ficou a centímetro­s do golo, após cruzamento de Zivkovic, aos 58’. Eis que chegava a hora de Renato Sanches entrar e as bancadas rejubilava­m. Já com o médio do Bayern Munique em campo, Zivkovic bateu um canto e Radonjic ficou a centímetro­s do empate (75’).

Respirar fundo

Portugal recuava no terreno e a Sérvia aproveitav­a em Bydgoszcz – experiment­e dizer o nome da cidade... –, mas o quadro começou a mudar. A equipa das quinas chegou-se à frente e Iuri Medeiros falhou por pouco (86’), enquanto Nenad Lalatovic continuava a pedir o empate. Nada feito. Renato Sanches e companhia tinham outros planos. O médio recebeu à entrada da área, olhou para um lado, para o outro, e fez um passe fantástico para Bruno Fernandes, que desviou com classe. Aí estava a nota artística que permite à equipa de Rui Jorge ter 31 jogos oficiais sem perder. Segue-se a Espanha, num duelo de luxo. É mais uma volta para a muralha cair. *

GONÇALO GUEDES APROVEITOU UMA OFERTA DA SÉRVIA E BRUNO FERNANDES FECHOU A VITÓRIA. SEGUE-SE A ESPANHA

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FIGURA. Rúben Neves atirou ao poste e foi um dos portuguese­s em plano de evidência
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