CHERCHESOV, PUTIN… E O ‘BICHO’ SMOLOV
Danny deixou a Rússia há menos de uma semana. Está de regresso a Portugal, para um período de férias, após terminar um ciclo de nove anos no Zenit. Se, a esse período, juntarmos três épocas ao serviço do Dínamo de Moscovo, são 12 anos no futebol russo, o que, mais as 37 internacionalizações pela Seleção Nacional, coloca o avançado em posição privilegiada para falar do Rússia-Portugal. Ex-companheiro de equipa de Igor Smolnikov e de Yuri Zhirkov, habituado a fazer golos ao guarda-redes Akinfiev, tam- bém já defrontou todos os convocados pelo técnico Cherchesov e não tem dúvidas de que Portugal vai ter um adversário forte pela frente. Danny, de 33 anos, sublinha a nova mentalidade imposta pelo selecionador que mudou a forma de ser da equipa russa.
“Com a mudança de treinador, houve mudança de jogadores. O novo técnico trouxe elementos de equipas como FK Rostov, Terek, FK Krasnodar. Por norma eram só jogadores do Zenit, do Spartak e do CSKA. Mas Cherchesov mudou a mentalidade, o caráter da equipa e acho que isso é uma arma muito forte para eles. É uma equipa jovem, com bas- tantes mudanças, o técnico conseguiu criar uma equipa com grande caráter. Tem grandes jogadores, o avançado Smolov é brutal, muito forte, o Glushakov no meio-campo, o miúdo Golovin, o Poloz, enfim há vários jogadores de talento.” Danny explica ainda a Record que a pressão colocada pelo presidente Vladimir Putin na seleção da Rússia, ao deixar uma mensagem de forte exigência para a prova, bem como o desejo de provar ao povo russo que podem vencer um campeão da Europa, são factores com peso para o encontro de amanhã. Aliás, o jogador português explica-nos que esta realidade coloca, por um lado, uma enorme pressão sobre os russos, mas, por outro, funciona também com fator de motivação.
“Não nos podemos esquecer da pressão que o presidente Vladimir Putin colocou nos rapazes para esta Taça das Confederações. Eles vão dar tudo para tentar ganhar aos campeões europeus perante o seu público, dizendo ao povo russo que estão ali para vencer a prova. É um facto que estão muito pressionados, jogam em casa, mas trata-se de uma equipa coesa que defende e ataca bem.” *
Passou os últimos 12 anos na Rússia, soma 37 jogos por Portugal e explica o que se pode esperar do jogo de amanhã “ESTÃO MUITO PRESSIONADOS, JOGAM EM CASA, MAS TRATA-SE DE UMA EQUIPA COESA, QUE ATACA E DEFENDE BEM ”