ASSALTO À FASQUIA DOS 100 MILHÕES
Tubarões europeus sabem que o FC Porto está vendedor e, depois de André Silva, a SAD tem mais nomes à espera de sair
DRAGÃO AMEAÇA RECORDE DE MERCADO
O FC Porto tem argumentos para atingir, pela segunda vez na sua história, a fasquia dos 100 milhões de euros em vendas numa janela de transferências. O recorde dos azuis e brancos foi alcançado no verão de 2015, tendo sido atingido um volume de negócios, olhando aos valores declarados à CMVM, de 109,7 milhões de euros. A campanha estival de 2017 tem como referência a saída de André Silva para o AC Milan, que envolveu a troca de 38 milhões de euros, embora só mais tarde seja possível apurar as efetivas mais-valias. Se tivermos em conta que o Villarreal já anunciou que vai exercer a opção de compra de Andrés Fernández, por dois milhões; que o médio Moreto Cassamá foi vendido aos alemães do Borussia Monchen- gladbach por três milhões de euros; e que Lichnovsky vai assinar pelo Necaxa por 1,8 milhões, dos quais quase um milhão toca aos dragões, já há mais seis milhões nos cofres. Entretanto, já se espalhou pela Europa a palavra sobre o estatuto de vendedor do FC Porto, desta vez com uma necessidade superior ao que ocorria no passado devido ao controlo apertado da UEFA. A im- prensa espanhola voltou ontem ao tema, mas em Inglaterra ou Itália o assunto já vem sendo comentado desde as sanções relativas ao fair play financeiro.
Podendo contabilizar, neste momento, 43 milhões de euros em vendas, o FC Porto está muito dis- tante dos 115 milhões que foram inscritos no orçamento para cumprir até 30 de junho. Todavia, há alvos com cotação elevada que poderão atrair candidatos mesmo após essa data: Brahimi está na calha para sair e continua a ser colocado como muito próximo da Premier League; Danilo Pereira é umclássico dos rumores de mercado e tem lugar em várias listas de compras; Herrera tem visibilidade na seleção; Rúben Neves está a valorizar-se nos sub-21 depois de ter perdido espaço no FC Porto; Ricardo Pereira atingiu um patamar de excelência no Nice. Como qualquer destes nomes, a ser vendido, pode render mais de 20 milhões de euros, e ainda com excedentários para colocar (Martins Indi, Reyes, Aboubakar...), há matéria-prima para entrar na casa dos 100 milhões de euros.
VERÃO DE 2015 ESTÁ NO TOPO DO HISTORIAL COM ENCAIXE TOTAL DE 109,7 MILHÕES. CONTAS DE 2017 VÃO NOS... 44!