Carinho confesso pelo verde e branco
“Nem me quero acreditar!”Foi desta forma que Fábio Coentrão reagiu, ao Maisfutebol, ao interesse do Sporting na sua contratação, ainda em 2007, altura em que representava o Rio Ave. Tudo isto por um motivo: o carinho pelos leões. “O que senti quando li? Deu-me uma coisa especial, estranha! Sou sportinguista desde pequenino e, obviamente, não consigo ficar indiferente”, admitiu, na altura, o jogador. Uma década depois, a história é já conhecida. O Benfica antecipou-se na corrida e garantiu os seus serviços, clube onde foi ‘moldado’ por Jesus, passando de avançado a lateralesquerdo. Seguiu-se a estreia pela Seleção Nacional, a ascensão ao Real Madrid, em 2011, e até as juras de amor às águias. Uma década depois, eis que se cumpre a ‘profecia’ inicial desta história: depois do Rio Ave, Fábio Coentrão vai voltar a vestir de verde e branco.
Desta forma, está iminente a conclusão de um processo que, por força das circunstâncias, obrigou a um longo jogo de paciência por todas as partes envolvidas. Depois de Jorge Jesus ter transmitido a Bruno de Carvalho a vontade em reencontrar o lateral-esquerdo, que havia orientado no Benfica entre 2009 e 2011, o presidente verde e branco assumiu esta pasta negocial ao longo do último mês e meio. Uma oportunidade que, de resto, era vista com bons olhos por todos: da parte do Sporting, que procurava reforçar uma posição que foi uma das principais lacunas na última época; pelo Real Madrid, que queria colocar o jogador, após este ter feito apenas seis jogos em 2016/17; por Coentrão, que para além do desejo em voltar a jogar com o técnico com quem ‘explodiu’ para o futebol, ainda acalenta a possibilidade de regressar à Seleção Nacional. Contas feitas, um final feliz.
Sem tempo a perder
Após a oficialização, segue-se a altura de meter mãos - e pés - ao trabalho. Com o iminente início da pré-época do Sporting - os primeiros exames médicos realizam-se já amanhã -, Fábio Coentrão terá poucas semanas para apurar os índices físicos, a tempo do arranque do campeonato e do playoff da Liga dos Campeões. Dada a sua pouca utilização no Real Madrid, parte atrás neste capítulo em relação aos colegas de sector, pelo que ‘esforço’ terá de ser a palavra de ordem. E ninguém melhor que Jesus sabe como ‘afinar’ esta máquina. *