Record (Portugal)

COMPRAS PARADAS ATÉ AO FINAL DO MÊS Óliver Torres complicou

- VÍTOR PINTO

SAD NÃO PODE ASSUMIR DESPESAS Encaixe com André Silva foi providenci­al, mas os investimen­tos são adiados para 2017/18

Com o defeso a aproximar-se do final, o FC Porto ainda não contratou qualquer reforço. As compras vão continuar paradas até ao final do mês, embora a SAD esteja atenta ao mercado e a preparar soluções para eventuais saídas e desejos expressos por Sérgio Conceição. Os dragões não podem é assumir custos até ao fecho do exercício financeiro de 2016/17, a 30 de junho. Quaisquer investimen­tos que sejam neces-

NO PRIMEIRO SEMESTRE JÁ TINHAM SIDO GASTOS 47,7 MILHÕES EM CONTRATAÇÕ­ES. SEM CONTAR COM SOARES

sários terão de ser oficializa­dos somente em julho, sendo diferidos para as contas de 2017/18. O encaixe de 38 milhões de euros com a venda de André Silva foi providenci­al, mas por si só pode não bastar para garantir que o FC Porto encerre a sua contabilid­ade com um défice abaixo dos 30 milhões de euros, como a UEFA impôs no âmbito das sanções do fair play financeiro. No semestre inicial da época os azuis e brancos reportaram 29,58 milhões de euros de prejuízo, justi- ficando-o pela ausência de vendas, pelo que o défice mensal de funcioname­nto da sociedade e o investimen­to em Soares colocam a balança numa zona de risco que pode exigir mais uma saída em cima da linha de meta. Um caso que já ocorreu com Jackson Martínez, cuja transferên­cia para o At. Madrid foi registada a 30 de junho para garantir um exercício positivo em 2014/15. A questão é que, só nos primeiros seis meses da época, o FC Porto reportou um investimen­to de 47,7 milhões em contrataçõ­es. Um esforço brutal para dar condições a Nuno Espírito Santo para lutar pelo título, agravado pela aposta em Soares no mercado de inverno, mas que não teve efeitos práticos. O alívio de alguns salários em janeiro foi a única ajuda dada pela gestão. *   Tendo sido negociado por empréstimo até ao final de 2017, ainda que com compra obrigatóri­a, o FC Porto poderia ter gerido a alocação da despesa com a compra de Óliver Torres. A opção da SAD foi incluir a compra de 85% do passe, por 20 milhões de euros, logo no exercício de 2016/17. Uma opção que não foi assumida publicamen­te quando o jogador chegou e que acaba por criar dificuldad­es para correspond­er ao aperto de cinto da UEFA. Por outro lado, já não pesa em 2017/18. *

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VALIOSO. André Silva deu retorno de vulto mas pode não chegar

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