QUARENTA ALDEIAS EVACUADAS
As chamas não deram tréguas e obrigaram à retirada de 56 idosos de um lar em Góis
No total foram 40 as aldeias – 27 em Góis e 13 em Pedrógão Grande – que ontem tiveram de ser evacuadas, tal a intensidade das chamas. O combate aos incêndios não deu tréguas e as autoridades chegaram a retirar 56 idosos de um lar em Góis. “Situação catastrófica”, desabafou à TSF o vice-presidente da autarquia, Mário Garcia. Em Pedrógão Grande, o número de feridos aumentou para 160, dos quais sete permanecem em estado grave. O número de mortos mantevese nos 64. Eram estes os últimos dados disponíveis até à hora de fecho desta edição.
No dia em que o incêndio de Góis
COSTA NÃO TEM “NENHUMA EVIDÊNCIA DE QUE EM QUALQUER UM DOS ESCALÕES DE COMANDO TENHA HAVIDO FALHA”
foi o que mais preocupação suscitou, o primeiro-ministro, António Costa, revelou os primeiros esclarecimentos da Guarda Nacional Republicana sobre o que terá acontecido na estrada nacional 236-I, onde ocorreu um elevado número de mortes, no passado sábado. À TVI, Costa leu a resposta que recebeu dando conta que a GNR garantiu que “o fogo terá atingido a estrada de forma total- mente inesperada, inusitada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos, desde as vítimas aos agentes de Proteção Civil nos quais se incluem os militares da GNR”. Uma resposta que surge depois de o Governo ter exigido esclarecimentos às autoridades competentes sobre as circunstâncias do fogo que começou a lavrar em Escalos Fundeiros, Pedrógão Grande, no sábado. Costa disse ainda que não tem “nenhuma evidência de que em qualquer um dos escalões de comando tenha havido qualquer falha”. No ‘Jornal das 8’, o chefe do Governo sublinhou: “Mantenho a confiança na cadeia de comando, desde a senhora ministra [da Administração Interna] até a todos os homens que estão a intervir no combate (...)”. O primeiro-ministro referiu, no entanto, que se no final for apurada alguma responsabilidade, haverá consequências. *