“Não temos medo de ninguém”
A Seleção defronta uma Rússia forte, apoiada por 45 mil adeptos. Fernando Santos respeita valia do adversário mas sem medo
A conferência de imprensa de Fernando Santos começou com uma falha na tradução simultânea, depois de uma questão... em russo. “Não estou a entender nada”, disse o técnico, gerando um momento de boa disposição. Depois, já com a comunicação a fluir, o selecionador nacional, de 62 anos, alertou para as dificuldades que Portugal espera frente à Rússia. Uma seleção que, garante, respeita muito, mas sem medo. “Nós não receamos ninguém. Enorme respeito pela equipa russa, tem jogadores de grande qualidade, a forma de jogar é diferente, está em renovação, mas agora começa a ficar mais entrosada. Receio? Receio não temos, mas temos respeito e a humildade necessária para saber que o adversário é poderoso. Mas nada de receio”, garante, explicando ainda que os jogadores sabem reagir aos momentos difíceis. “Momentos complicados há sempre. Espero uma boa respos-
“A MAIORIA DESTES JOGADORES ESCREVEU A PÁGINA MAIS IMPORTANTE DO FUTEBOL NACONAL”
ta, a maioria destes jogadores escreveu a página mais importante do futebol português. Vamos defrontar um adversário forte, está a preparar-se há já algum tempo para esta prova e para o Mundial. Vai jogar perante o seu público. Se este jogo é uma final? Nesta pro- va, todos estes jogos são finais. Para a Rússia é muito importante. Se vencer, fica numa posição favorável. Portugal, vencendo, fica também numa boa posição. Nós queremos é vencer as finais.”
Mudanças
Fernando Santos explica ainda que numa prova com jogos de três em três dias tem de haver mudanças, mas não fala em nomes e, quando confrontado com o regresso de André Silva ao onze, ironizou. “Não sei, se vai voltar ao 11, ao 12, ao 14, o número dele será o mesmo (risos). Nem eles sabem quem vai jogar, pois normalmente começam a perceber pelos treinos, mas aqui, agora, nem sequer treinámos. É impossível jogar três jogos seguidos depois de uma época longa.” Quando à questão do vídeo-árbitro, é pragmático. “A prova vai disputar-se segundo este modelo, não vale a pena dispersar. Depois, os próprios responsáveis vão ponderar e tomar decisões. Só Deus é perfeito.” *