Record (Portugal)

GOLÃO DE BRUMA AINDA ANIMOU

DERROTA 31 JOGOS DEPOIS

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Podence atirou ao poste no início da partida, mas classe da Espanha deixa sonho das ‘meias’ longe

Durante 15 minutos, o céu parecia o limite. Os ‘meninos’ portuguese­s trocavam a bola como gente grande e a Espanha tremia. Bruno Fernandes começou por ameaçar com um primeiro remate, antes de Podence ‘partir’ a ‘rojita’ e atirar... ao poste. Era o céu, estava ali. Mas depois veio o inferno, que caiu de forma inglória sobre Portugal. Saúl Ñíguez pegou na bola pela direita, bailou na cara de três defesas portuguese­s e rematou para o fundo das redes, ainda com um desvio de Edgar Ié pelo caminho. Aí começou a desenhar-se o fim da incrível invencibil­idade de Rui Jorge à frente dos sub-21: acabou ao 31º jogo oficial, cinco anos depois (11 de outubro de 2011) do desaire na Rússia (1-2).

A reação a esse lance galáctico de Saúl até foi boa, com Guedes e Bruno Fernandes a atirarem de longa distância, enquanto a Espanha encolhia-se e apostava no contra-ataque. Podence liderava as tropas, mas Kepa estava sempre lá. Enquanto isso, lá vinham rasgos de Deulofeu, outros de Bellerín. Enfim. Portugal precisava de descansar e o intervalo parecia ter resultado. Podence – quem mais? – serviu Bruno Fernandes e o capitão atirou para uma defesa de recurso de Kepa (47’). Maldita bola, não queria entrar. É que, quatro minutos depois, Podence sentou Meré, arrancou pela esquerda e atirou ligeiramen­te ao lado.

Quem não marca...

A tal velha máxima de ‘quem não marca, arrisca-se a sofrer’ apareceu, para desespero de Rui Jorge. Edgar Ié ainda tirou um remate de Asensio em cima da linha (52’), mas nada havia a fazer quando Deulofeu meteu a quinta, deixou Kévin para trás e serviu Sandro, que encostou sem problemas. Já sem Podence em campo, Portugal perdeu fulgor e parecia ter ficado sem forças para ir à procura de um autêntico milagre. Mas ainda havia esperança ao fundo do túnel. Tudo porque Bruma inventou um remate de primeira fantástico, após mau alívio de Bellerín, relançando a partida (72’). Mas esta Espanha é um autêntico Fórmula 1 calibrado ao mais alto nível e não se deixou afetar pelo golo.

A equipa das quinas tentava de qualquer maneira, mas os nervos e a ansiedade falavam mais alto. Gritavam. E lá veio a sentença final: Iñaki Williams saiu disparado que nem uma bala pela direita, fintou Kévin e atirou para o fundo das redes. Espanha segue para as ‘meias’ e Portugal fica de calculador­a na mão. O céu estava ali... *

SELEÇÃO NACIONAL DE SUB-21 NÃO ERA DERROTADA DESDE O DIA 11 DE OUTUBRO DE 2011: 2-1 FRENTE À RÚSSIA

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DISTINTOS. Desilusão portuguesa em contraste com a alegria espanhola

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