“Atingi um nível que nunca pensei”
Ricardo Pereira encerrou uma carreira de 33 anos, onde somou títulos nacionais e mundiais
Aos 39 anos Ricardo Pereira deu por concluída, em Paço de Arcos, uma carreira de mais de três décadas, que lhe permitiu entrar na galeria dos melhores jogadores portugueses de sempre. Foi na sua terra natal, Sines, onde se iniciou com apenas 6 anos no Vasco da Gama, que o avançado nasceu para uma modalidade em que se tornou detentor de um palmarés invejável, com títulos nacionais em Portugal (Benfica), Espanha (Reus), Itália (Bassano) e internacionais, tanto a nível de clubes (Benfica e Bassano) como ao serviço da Seleção Nacional (Jogos Mundiais no Japão, em 2002) e Campeonato do Mundo de 2003, em Oliveira de Azeméis). “Foi um sentimento de terminar uma etapa. Foram 33 anos de patins nos pés, mas felizmente de mais alegrias do que tristezas. E depois vou continuar ligado, através do meu filho que é, aqui em Paço de Arcos, guarda-redes e isso diminui um pouco esse sentimento de alguma nostalgia”, disse-nos ontem Ricardo Pereira. Foi uma longa carreira, em que o antigo internacional reconhece ter atingido um patamar elevado. “Atingi um nível que nunca pensei alcançar. Sempre joguei hóquei pelo gosto. Fui jogando e os resultados foram aparecendo. Tive o prazer de ser treinado pelo melhor técnico que conheci, o Carlos Dantas; de jogar com os melhores
“O BENFICA FOI O EXPOENTE MÁXIMO DA MINHA CARREIRA”, DISSE O ANTIGO INTERNACIONAL PORTUGUÊS
jogadores do Mundo e isso levame a crer que tive uma carreira desportiva profundamente preenchida”, confessa o avançado, que soma 115 internacionalizações e 130 golos ao serviço da Seleção Nacional. Ricardo passou por várias equipas (Vasco da Gama , Infante Sagres, Benfica, Física, Paço de Ar- cos, Reus e Bassano), mas o Benfica deixou marcas na vida do atleta. “O Benfica foi o expoente máximo da minha carreira e onde tive o prazer de trabalhar com Carlos Dantas”, referiu, recordando aquela que considera ter sido a melhor equipa onde esteve. “José Carlos, Vítor Fortunato, Luís Ferreira, Rui Lopes e Paulo Almeida formavam a equipa que na década de 90 se impôs. Mas não posso deixar de referir jogadores como Reinaldo Ventura, Filipe Santos, Pedro Alves, Paulo Alves, Tó Neves e Filipe Gaidão, que também me marcaram”, finalizou. *