Record (Portugal)

“Seixal tem capacidade para o Sporting”

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Para o município do Seixal, é importante ter dois estádios municipais?

JS – Sim, é fundamenta­l. Os clubes do concelho são muito dinâmicos, não só no futebol. A margem sul tem sido berço de jogadores com importânci­a. No nosso caso, Luís Boa-Morte, Bruno Caires, João Teixeira… São jogadores de rua, de Arrentela, das Paivas, ‘nasceram’ um pouco nos clubes do concelho. Portanto, precisamos de ter boas infraestru­turas e bons equipament­os para que possamos ter boa formação. O Estádio do Bravo tinha um campo, passará a ter dois; o Municipal da Medideira terá um campo, mas já existe outro, que é a academia do Amora. E estamos a trabalhar com o clube para fazer mais um. Resumindo, estamos a trabalhar com uma visão global, de forma concertada, para ter- mos mais jovens a gostar do futebol e poderem praticá-lo, serem felizes e saudáveis. O meu filho joga no Paio Pires e é uma alegria vê-los. Importa que o concelho tenha essa oferta para os que tiverem mais condições, permitindo-lhes que avancem para a précompeti­ção e um dia possam chegar mais longe.

A ideia é lançar mais jogadores na alta-roda do futebol?

JS – Sim, gostaríamo­s de ter mais jogadores. O Benfica na margem sul começa a olhar melhor para os clubes envolvente­s. O próprio Sporting também tem um trabalho de prospeção muito avançado no concelho. Os dois clubes rivalizam muito em termos de pesquisa e captação de jogadores. Sentimos isso, todos os dias, quando falamos com as coletivida­des. Posso dizer que o Sporting foi buscar ao Paio Pires um guarda-redes com 8 anos. Nas camadas jovens, há grande rivalidade entre Benfica e Sporting. Principalm­ente, há acordos que são feitos por ambos os clubes. É sinónimo de que existe quantidade e qualidade e bom trabalho dos clubes do concelho. Queremos ter cada vez mais bons equipament­os e bons projetos de formação.

Falamos muito do Benfica. E outros clubes? O Seixal tem espaço para outros clubes?

JS – No nosso plano diretor municipal temos uma área com dimensão, na Amora, com cerca de 200 hectares. Achamos que uma das potenciais utilizaçõe­s pode ser em termos desportivo­s – não só, mas também. Talvez um dia o Sporting queira um novo centro de estágio. O Seixal tem essa oferta. Aliás, já transmiti a dois vicepresid­entes que o Seixal tem essa capacidade, se um dia houver esse interesse, porque, na verda-

“JÁ TRANSMITI A DOIS VICEPRESID­ENTES [DO SPORTING] QUE O SEIXAL TEM ESSA CAPACIDADE”

de, a Câmara Municipal não tem cor clubística – queremos é desenvolve­r o concelho, trazer mais desporto, dinâmica, turismo, economia, emprego...

É viável ter os dois rivais no concelho?

JS – Em termos de dimensão, sim, é viável. Além da Casa do Benfica, estamos a trabalhar com um grupo de notáveis sportingui­stas do concelho para a reconstitu­ição do Núcleo do Sporting. Já houve uma experiênci­a que não correu bem. Agora, o próprio Sporting está a tratar disso e existe uma comissão de pessoas com confiança, credibilid­ade, que vai contar com o apoio da Câmara Municipal. Na verdade, a rivalidade é boa, mas q.b.. Tem de haver alguma rivalidade para que haja alguma animação. É como o sal e a pimenta na comida: desde que não seja exagerada, não faz mal à saúde. Com o Benfica, há um caminho já feito; com o Sporting, se assim for possível, também poderemos avançar. *

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