RENOCAR EM COMPETICAO
Há um ano não tinham feito a estreia na Seleção, agora vão jogar uma meia-final da Taça das Confederações
Menos de um ano após a estreia oficial por Portugal, Gelson Martins e André Silva preparam-se para ser opções de Fernando Santos nas meias-finais de uma grande competição de seleções.
Se a estes dois juntarmos os nomes de Nélson Semedo e Bernardo Silva, temos um lote de quatro jogadores, todos com idade inferior aos 24 anos, que não estiveram no Euro’2016, mas cuja participação na Taça das Confederações permite um processo de crescimento, dentro da Seleção Nacional, num elevado patamar competitivo. Com efeito, amanhã, qualquer um deles poderá ser trunfo de Fernando Santos para o complicado embate com o Chile, sendo que alguns até podem ser titulares nesse confronto. Aliás, sabe Record, este é um dos parâmetros pelos quais Portugal encara a competição que decorre na Rússia, com um nível de motivação elevado. Por um lado, a mentalidade dos jogadores portugueses, a ambição de vencer e o facto de serem competitivos, mesmo numa prova com menor impacto mediático que um Mundial ou Europeu, deixa o selecionador orgulhoso do trabalho que vem sendo realizado. Por outro lado, a possibilidade de integrar jogadores como Nélson Semedo, Gelson
O exemplo de Cristiano Ronaldo
A primeira grande prova de Cristiano Ronaldo com a Seleção foi em 2004, tinha o atual capitão de Portugal 19 anos. Integrou uma Seleção onde constavam nomes como Fernando Couto, Luís Figo, Rui Costa, Deco, Pauleta, entre outros. Uma verdadeira parada de estrelas, numa competição jogada em casa, num contexto competitivo elevado e com enorme pressão mediática. O palco serviu para o então camisola 17 da Seleção crescer e evoluir no seio da equipa das quinas. Uma realidade que veio a revelar-se importante e que serve de exemplo para o que se passa hoje nas Confederações.
Martins, Bernardo Silva ou André Silva numa Seleção campeã da Europa, num patamar de excelência como a Taça das Confederações, é mais um cenário agradável. Mesmo que ainda há tão pouco tempo Portugal tenha vivido o sucesso no campeonato da Europa de 2016, prepara-se agora para disputar a meia-final da Taça das Confederações, com uma Seleção que mantém a base de França mas com vários jogadores que não estiveram no Euro’2016: José Sá, Nélson Semedo, Neto, Pizzi, Gelson Martins, Bernardo Silva, André Silva. Uma realidade que permite a Fernando Santos manter a equipa de Portugal com um nível de qualidade elevado, fazendo a integração de jovens valores, de forma ponderada, e neste caso num ambiente altamente competitivo. O selecionador já deixou bem vincado, mais que uma vez, que Portugal, não sendo favorito, está na Rússia para vencer a Taça das Confederações. Aliás, disputando amanhã uma meia-final não faria sentido pensar de outra forma. Porém, Fernando Santos sente que, até ao momento, já retirou muitas coisas positivas desta prova. Falta a cereja no topo do bolo. *