ANDRÉ CARDOSO ACUSA DOPING
ANDRÉ CARDOSO
Ciclista da Trek acusou EPO num controlo feito em sua casa no dia 18 e está fora do Tour
Faltava muito pouco para que André Cardoso concretizasse o sonho de participar no Tour. Era já no sábado que tudo começava, mas foi com estrondo que esse desígnio caiu por terra. O português, que representa a Trek-Segafredo, acusou eritropoetina (EPO) num controlo antidoping feito através de uma amostra de urina, em sua casa, a 18 de junho, e tudo acabou. A UCI deu conta dos resultados e a
“TENHO A GRANDE ESPERANÇA DE QUE A AMOSTRA B DARÁ RESULTADO NEGATIVO”, AFIRMOU O PORTUGUÊS
equipa, a defender “uma política de tolerância zero”, suspendeu imediatamente o ciclista. Afastado do Tour, onde Portugal será representado por Tiago Machado (Katusha), André Cardoso, de 32 anos, não atira a toalha ao chão. Ainda há uma segunda oportunidade. “Tenho solicitado à UCI que a minha amostra B fosse testada logo que possível. Tenho a grande esperança de que a amostra B dará resultado negativo, ilibando-me de qualquer infração”, partilhou o ciclista no Facebook. É esse o derradeiro recurso de Car- doso que, assim, se encontra afastado de forma preventiva.
Promessa
Enquanto a Trek se mostra “desapontada” com a notícia, André Cardoso garante estar “devastado”, além de afirmar que nunca fez nada de ilegal. “Queria afirmar que eu nunca tomei quaisquer substâncias ilegais. Eu próprio vi ao longo da minha carreira os efei- tos terríveis que as substâncias dopantes tiveram sobre o nosso desporto, e eu nunca iria querer ser parte disso”, partilhou. Ciente de que há uma “nuvem negra” a pairar, resta a André Cardoso esperar, de facto, pelo resultado da contra-análise. Só aí será tomada uma decisão final sobre se a suspensão se mantém ou se o ciclista será ilibado. Certo é que o Tour deixou de ser hipótese. * André Fernando Cardoso Santos Martins