Tudo por tudo até ao fim
PORTUGAL PODE HOJE DAR MAIS UM PASSO NA SUA AFIRMAÇÃO INTERNACIONAL. POR CÁ, OS CLUBES COMEÇAM A TRABALHAR NO CAMPO. NOS BASTIDORES, CLARO, NUNCA PARARAM...
Portugal defronta hoje o Chile, na Rússia, na primeira meia-final da Taça das Confederações. E estando longe de ser um adversário dócil – ainda por cima contando nas suas fileiras com duas figuras de inquestionável valia (Arturo Vidal e Alexis Sánchez) –, pareceme claro que, nesta altura, os chilenos não são opositor capaz de tirar o sono à Seleção Nacional. Não estou a dizer que a vitória será, com maior ou menor dificuldade, uma certeza. Estou apenas a contextualizar uma realidade: hoje em dia Portugal figura entre o lote das equipas mais cotadas a nível mundial. Outra coisa, aliás, não seria de esperar, pois para além do título europeu conquistado em 2016, em França, a nossa equipa tem colecionado fases finais nas grandes competições internacionais, bem como classificações relevantes. E conta com um tal de Cristiano Ronaldo que, cada vez mais, é um fenómeno de rendimento.
O Chile, por seu lado, tem bri
lhado na Copa América – onde para além de outras equipas competitivas há sempre os gigantes Brasil e Argentina –, mas não possui o mesmo cartel noutras paragens. É uma equipa incómoda, é verdade, mas ao alcance de um bom Portugal. Bom ou, pelo menos, pragmático e capaz de vencer, o que nem sempre é a mesma coisa. Fernando Santos, sem rodeios, já explicou que para ele o impor- tante é ganhar. Concordo, já que para a história ficam essencialmente os triunfos e não tanto as prestações espetaculares. Para ser sincero, creio que todos os portugueses recordam facilmente exibições de bom nível. Sendo assim, o que agora se pretende são títulos. E esta Taça das Confederações – de que nem sou particular adepto – está mesmo talhada para ir parar ao lado do troféu de campeão da Europa. Há que lutar até ao fim com esse propósito.
Porcá, entretanto, asequipas começam a trabalhar. Os jogadores e treinadores, melhor dizendo, poisos clubes–nomeadamente os grandes–nunca descansam. Este defeso, aliás, deuno suma ideia do que aí vem: luta sem quartel onde, com toda a certeza, os duelos no relvado constituirão apenas um pormenor. Muito se vai jogar nos bastidores e com protagonistas que, num Mundo ideal, seriam (quando muito) meros figurantes. Tudo isto, contudo, não é uma novidade, mas, agora, a situação assim o obriga. Sporting e FC Porto não podem prolongar a ausência de vitórias na Liga e o Benfica, até por uma questão de honra face às acusações recentes, tem de tentar manter a hegemonia dos últimos anos.
Mas, se a questão desportiva sempre foi importante, a financeira é cada vez mais essencial. E tendo em conta que na próxima época apenas o campeão terá acesso direto à Liga dos Campeões... não é preciso pensar muito para prever uma época quente, recheada de incidências. Com ou sem vídeo-árbitro vai ser um autêntico tudo por tudo até final. Depois, alguém vai sorrir. E outros protestar...
A PRÓXIMA ÉPOCA VAI TER MUITOS JOGOS DE BASTIDORES. MAS ISSO NÃO É NOVIDADE...