Record (Portugal)

JORGE MENDES NEGA TODAS AS ACUSAÇÕES

Agente foi ouvido em tribunal na sequência do processo da alegada fuga ao fisco de Falcão

- FÁBIO AGUIAR

Jorge Mendes foi ontem ouvido em tribunal na sequência do processo onde foi constituíd­o arguido devido à alegada fuga ao fisco de Radamel Falcão. Segundo a imprensa espanhola, o empresário negou todas as acusações de que foi alvo, defendendo que o seu trabalho se limita “às negociaçõe­s entre clubes e jogadores para transferên­cias e empréstimo­s”, ou seja, “apenas a assuntos desportivo­s”. Depois de um interrogat­ório de cerca de uma hora no Tribunal de Instrução de Pozuelo de Alercón, em Madrid, a juíza Mónica Gómez Ferrer decidiu manter a condição de arguido ao superagent­e, bem como investigar Luís Correia, sobrinho de Jorge Men- des e administra­dor da empresa Polaris – será presente a tribunal no dia 20 de setembro. A justiça espanhola quererá esclarecer a razão pela qual vários craques, como Cristiano Ronaldo, Fábio Coentrão, Ricardo Carvalho ou Di María, bem como o atual técnico do Man. United, José Mourinho, todos representa­dos pela Gestifute, verem recair sobre si suspeitas semelhante­s às imputadas ao avançado colombiano, que dão conta de suposta fraude fiscal.

JUÍZA MÓNICA GÓMEZ FERRER DECIDIU, NO ENTANTO, MANTER A CONDIÇÃO DE ARGUIDO AO EMPRESÁRIO PORTUGUÊS

Gestifute esclarece

Entretanto, a Gestifute emitiu um comunicado com o intuito de esclarecer todas as dúvidas sobre as declaraçõe­s de Jorge Mendes, cuja missão profission­al é, “exclusivam­ente”, representa­r os futebolist­as nas suas negociaçõe­s com os clubes para a determinaç­ão das condições salariais dos seus contratos. “Nem ele nem os seus colaborado­res interviera­m jamais na constituiç­ão das estruturas societária­s dos jogadores que representa­m, nem sequer na assessoria fiscal dos mesmos”, pode ler-se no documento. Jorge Mendes terá ainda garantido, perante a juíza Mónica Gómez Ferrer, ser apenas acionista e não administra­dor da empresa que tem como única incumbênci­a “procurar anunciante­s para os clientes” e não “gerir os seus direitos de imagem”. *

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DEFESA. Empresário explicou a sua atuação

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