ACÓRDÃO SUBLINHA ILICITUDE DE VIEIRA
Conselho de Disciplina refere que foi manchada reputação de Bruno de Carvalho
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol considera que Luís Filipe Vieira manchou a reputação de Bruno de Carvalho, quando no final do dérbi de Alvalade, a 22 de abril passado, usou os termos “demagogo, populista e mentiroso compulsivo”.
No acórdão ontem divulgado, que condena, por unanimidade, o presidente do Benfica a suspensão de 67 dias e pagamento de 3.902 euros de multa, o órgão federativo conclui que “qualquer pessoa mediana e minimamente atenta ao fenómeno futebolístico, extrai das declarações do arguido que o presidente do Sporting, apesar de nunca ter sido diretamente citado, é o visado principal das suas afirmações”. “Fazendo uma comparação com o mandato de Vale e Azevedo, as declarações do arguido não se limitam a informar ou serenar os benfiquistas que não iria ter qualquer atitude demagoga, populista ou mentirosa, mas antes lançar um labéu sobre o presidente da Sporting SAD, que no exercício das suas funções assume iguais atitudes demagogas, populistas e mentirosas. E por isso é que o arguido remata com ‘e isso um dia vão-me dar ra- zão’”, pode ainda ler-se. O processo disciplinar foi instaurado após participação do Sporting.
Informações gravosas
Para o órgão liderado por José Manuel Meirim ficou claro que Vieira, de 68 anos, cometeu uma ilicitude. “É nossa convicção que o arguido (...) estava a afetar não só a honra daquele [Bruno de Carvalho], mas também a difundir informações gravosas para o interesse público e privado da preservação das competições profissionais de futebol, pondo assim em causa a estabilidade da própria competição.”
O CD conclui referindo que o líder das águias “atuou com vontade livre e determinada, consciente da ilicitude da sua conduta”. O Benfica, recorde-se, já anunciou recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto. *
É CONVICÇÃO DE MEIRIM E SEUS PARES QUE O LÍDER DAS ÁGUIAS COLOCOU EM CAUSA ESTABILIDADE DA LIGA