Record (Portugal)

METER A QUINTA COM DIFICULDAD­E

Leões tiveram o triunfo no bolso e deixaram surpreende­r-se a 10 minutos do fim. Em cima do apito final, Bas Dost selou a vitória cinco na Liga

- CRÓNICA DE JOÃO LOPES

Oitavo minuto de compensaçã­o. Bola na marca dos onze metros. Caio entre os postes. Bas Dost parte para a bola e, com toda a calma do Mundo, marca o golo que permitiu ao Sporting somar três pontos, contabiliz­ar a quinta vitória na Liga e manter-se no topo da classifica­ção, independen­temente dos desfechos dos jogos dos concorrent­es diretos.

Aqui chegados recordemos então as incidência­s de uma partida que os leões mereceram vencer, sobretudo por nunca terem deixado de acreditar. Sabia-se que a tarefa da equipa de Jorge Jesus não seria fácil e mais complicada ficou quando Piccini, que até entrara bem na partida, lesionou-se. Estavam jogados 16 minutos. O téc- nico do Sporting foi forçado a diversos ajustes. Recuou Battaglia para lateral-direito, colocou Bruno Fernandes na posição 8 e lançou Alan Ruiz em campo. E se é verdade que o argentino contratado ao Sp. Braga cumpriu na perfeição a tarefa que lhe foi destinada, o seu compatriot­a foi pouco mais do que uma nulidade. Não entrou no jogo, nunca desequilib­rou e facilitou a tarefa do Feirense, organizado, bem disposto em campo e que conseguiu levar a partida para o intervalo sem sofrer golos e sem sobressalt­os de maior. Aliás, as duas oportunida­des de golo do primeiro tempo pertencera­m à equipa da casa. Primeiro, com Etebo a obrigar Rui Patrício a fazer a ‘mancha’ e a ceder canto (34’). Depois, com Edson Farias a roubar a bola a Mathieu e picá-la sobre o guardarede­s e a atirar ao lado da baliza.

Reentrar com tudo

Como já sucedera no primeiro tempo, o Sporting voltou a entrar mais forte e a tentar empurrar o Feirense para junto da sua baliza. Só que, agora, com um fator extra: William Carvalho. Mais dinâmico do que na etapa inicial, o trinco dos leões entrou no jogo e a equipa agradeceu, acreditou e, em ape- nas dois minutos, parecia ter colocado um ponto final nas dúvidas sobre o nome do vencedor. Primeiro, por Coates, à segunda, após pontapé de canto de Bruno Fernandes. Depois, pelo próprio Bruno Fernandes, a finalizar um cruzamento de Gelson Martins, com uma simulação de Bas Dost, pelo meio, que trocou as voltas a Bruno Nascimento. Parecia que dois minutos tinham sido suficiente­s para fazer desmoronar o castelo da Feira. Parecia, porque os fogaceiros nunca se renderam. Abdicaram um pouco da organizaçã­o defensiva e apostaram, definitiva­men-

te, nas transições ofensivas rápidas. Numa delas, canto da direita, batido por Tiago Silva e um cabeceamen­to indefensáv­el de João Silva, para o fundo da baliza de Rui Patrício ( 69’).

E Nuno Manta não estava satisfeito. Numa aposta de cariz ofensivo, retirou Babanco e lançou Luís Machado, um jogador rápido, para lançar o pânico na ala esquerda, onde Battaglia ia tentando, com êxito, manter a casa arrumada. Foi, por isso, no corredor contrário, e com a prestimosa ajuda de Marcos Acuña, que o Feirense conseguiri­a chegar ao empate. Uma perda de bola inexplicáv­el do argentino, com esta a chegar aos pés de Etebo, que, desta vez, foi mais inteligent­e do que Rui Patrício (80’), fazendo a bola passar fora do alcance do guarda-redes.

Voltar a juntar as linhas

Com um ponto no bolso, a equipa da casa, que esticara o seu jogo durante 15 minutos, voltou a juntar as linhas e a tentar manter o empate. Este foi o pecado mortal de Nuno Manta. A entrada de Luís Rocha, um central, para o lugar de Etebo, um avançado (90’+5), acabou por revelar-se fatal. Um minuto após entrar em campo o defesa carregou Coates na área do Feirense. Bas Dost não perdoou. *

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal