Benfica sem criatividade
Portimonense entrou no jogo mostrando querer disputar o resultado e não apenas defender. No entanto, em termos ofensivos, praticamente apenas conseguiu atacar em transição ofensiva, momentos esses criados com qualidade (mesmo com 10), mas sempre mal finalizados. A defender numa estrutura de 14-2-3-1 [1], com um elemento da linha de 3 a sair na pressão a Pizzi ou Samaris, quando um destes era portador da bola. Uma estrutura coesa, com preocupação em
ENCARNADOS APRESENTARAM UM JOGO DE PACIÊNCIA, EM POSSE E COM UM FUTEBOL APOIADO, COM CIRCULAÇÃO
ocupar o corredor central próximo da linha defensiva, com linhas muito juntas, para anular jogo interior de Zivkovic e Cervi, bem como a habitual movimentação de Jonas em apoio aos médios. Esta coesão, libertava zona de receção para Pizzi ou Samaris, mas apenas próximo da linha benfiquista mais recuada [2], o que afastou principalmente Pizzi de zonas de decisão. O Benfica apresentou um jogo de paciência, em posse e com um futebol apoiado, com circulação e mudança de corredores constante, mas sem sucesso na criação de desequilíbrios, por demérito próprio, mas também por mérito adversário. A falta de espaços necessitava de apoio com outra qualidade dos late- rais André Almeida (’apenas’ o golo) e Eliseu.
Na segunda parte foi Zivkovic que mais conseguiu criar espaços e desequilibrar a organização adversária.
Em inferioridade numérica, o Portimonense recuou (obrigado) ainda mais as suas linhas [3] na procura de um equilíbrio defen- sivo para manter a qualidade na transição ofensiva, o que quase o fez pontuar.
As características do jogo tornaram-se propícias para que Nakajima se destacasse no jogo, mas este jovem japonês não vive apenas da sua velocidade, mostrando qualidade técnica para definir em espaços curtos. *