FC Porto mete a quinta
Quinta vitória consecutiva na Liga NOS, marcada pela organização coletiva em dia de menor inspiração individual. Em organização ofensiva, muita chegada dos azuis e brancos ao último terço do terreno, pelas muitas linhas de passe que se formaram logo desde o início da sua construção. Fase em que o FC Porto deu largura máxima e profundidade aos seus defesas-laterais (Layún e AlexTelles), garantindo pontos de apoio fora, que permitiram amiúde também ter
O RESULTADO ACABOU POR SER DEMASIADO PESADO PARA O QUE PRODUZIU A EQUIPA DE LUÍS CASTRO
espaço dentro, onde apareciam os alas para ligar o jogo ofensivamente [1].
Porque perante umadversário que demonstrou imensa competência, fechou bastante bem os espaços, e porque ainspiração individual dos seus elementos mais criativos não estava asersuficiente para resolveros problemas em ataque posicional, apareceu para resolvera partida, aqualidade de comportamentos coletivos da equipa de Sérgio Conceição no seu momento de transição ofensiva. Após a recuperação da posse, o avançado do lado da bola abria no corredor lateral, explorando o espaço livre que resultava das subidas do lateral adversário, para ser referência para receber o primeiro passe na transição, e sair para ataque rápido. Foi precisamente de um dos movimentos de dentro para fora de Soares, para receber junto à linha, pós roubo de bola que se iniciou o golo de Abou- bakar que abriria a contenda. [2]. Depois de um período de maiores correrias e espaços livres para jogar, também em organização defensiva a equipa azul e branca demonstrou competências posicionais, no momento em que decidiu fechar o campo. Óliver coordenado de movimentos com Danilo, a ocupar espaço central, formando triângulo defensivo com os centrais, garantindo proteção à última linha, sempre que Danilo saía para roubar ou dar cobertura no cor- redor lateral. Linhas defensiva e média juntas, e Soares e Aboubakar à baixarem de forma alternada metros no terreno, para ligar defensivamente o espaço entre a linha de quatro médios e o do homem mais adiantado, formando um 4x4x1x1 no momento defensivo [3].
O resultado acabou por ser demasiado pesado para o que produziu a equipa de Luís Castro, num jogo em que o mérito maior do FC Porto esteve na sua organização coletiva. *