“Critérios distintos no vídeo-árbitro”
Treinador assumiu dificuldades em ligar o jogo até apostar em Soares, mas classificou triunfo de justo e não se coibiu de tecer críticas à influência da nova tecnologia à disposição da arbitragem
Satisfeito com o triunfo após umarranque de jogo complicado? – Foi um jogo difícil, perante um adversário com qualidade, mas também foi uma semana atípica ao nível da preparação porque se por um lado felizmente as seleções levam-nos muitos jogadores, por outro ficámos limitados na preparação. Neste contexto, dizer ainda que defrontámos um Chaves muito mais agressivo do que nos primeiros jogos e nós fizemos pouco para desmontar o bloco adversário. Muitas das vezes pensamos que as oportunidades e os golos têm a ver só com os avançados, mas isso não corresponde à verdade. Tivemos dificuldades e o adversário teve mérito como bloqueou a nossa construção. Após o descanso meti o Marega encostado à direita porque conheço bem o lateral do Chaves, apostei no Soares porque tem mais peso na ligação e não só mostrámos mais critério nas decisões como chegámos ao golo. O Chaves também teve oportunidades, mas isso faz parte do jogo e acho que vencemos com justiça.
– Houve demasiado desgaste tendo emcontaaproximidade daLiga dos Campeões?
– A importância do jogo de 4ª feira foi zero. Tanto foi que tirei o Aboubakar, que não pode jogar na Liga dos Campeões, e deixei lá o Marega. – Que importância tem igualar o melhorarranque de época?
– Tem a haver com o trabalho de equipa. Há sempre momentos de pressão, mas ainda não sofremos golos e isso é um bom sinal. É preciso dar continuidade.
– Satisfeito com os três golos dos homens mais ofensivos?
– O importante é ganhar e sei que os avançados vivem do golo, mas também ficava contente se ganhasse com um golo do Casillas. –Quercomentarautilização do vídeo-árbitro?
– Querem que fale do jogo do Benfica? Serei sempre pela verdade desportiva, mas ouvi o Vítor Oliveira e concordo quando disse que tem de haver um critério bem defi- nido. Não tenho nada a esconder e isto é o que sinto. No golo com o Braga não houve linhas e neste jogo houve. São critérios distintos. Fui treinador numa liga que foi pioneira nesta tecnologia e posso compreender estes erros, mas obvia- mente que não fico satisfeito. Até porque connosco já houve quatro situações de penáltis claros em que não houve dúvida ou intervenção do vídeo-árbitro. Há muita coisa a melhorar e esperemos que o sistema seja cada vez melhor. *