‘O Pássaro’, antiga estrela da seleção argentina e grande amigo de Maradona, falou em exclusivo a Record sobre a sua passagem pelo Benfica, em 1994/95. Recorda a Champions, Eusébio e a famosa expulsão frente ao Sporting...
Sim, é verdade, vinha de uma suspensão em Itália. Não tinha o ritmo ideal, foi difícil voltar à normalidade, mas acabou por ser uma etapa muito bonita da minha carreira, uma boa experiência.
Foi fácil deixar Itália?
CC – Bom, na verdade, eu nunca teria saído de Itália naquele momento se não tivesse acontecido o que aconteceu [ndr: suspensão por ter acusado cocaína num controlo an- ti-doping]. O campeonato italiano era o melhor do Mundo. De qualquer forma, o Benfica é um grande clube e acabou por ser uma grande oportunidade. Tem um estádio ‘bárbaro’ e uns adeptos impressionantes, para além de que, nessa altura, tinha um dos treindor mais importantes da Europa [ndr: Artur Jorge]. Chegámos aos quartos-definal da Liga dos Campeões. Fomos eliminados pelo AC Milan.
Disse que havia outras hipóteses para prossseguir a carreira, para além de Portugal. O Benfica teve de lutar para ficar consigo ou a sua decisão foi simples?
CC – Não sei, sinceramente. Entre clubes (Roma e Benfica) não sei ao certo o que se passou. A mim apresentaram-me duas ou três possibilidades e eu escolhi. Lembro-me que havia o Totte- nham, mas o Benfica pareceume sempre melhor opção.
Fez 23 jogos na Liga portuguesa e 8 golos. Ficou satisfeito?
CC – Sim. Eram 34 jornadas, passei algumas semanas lesionado, enfim, acabou por ser um saldo positivo. Nunca fui jogador para marcar 20 golos por época. Era um segundo ponta, não um goleador. Havia outras coisas que fazia com naturalidade, como jogar em toda a frente