Record (Portugal)

“Qualquer um pode acabar”

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Mas, então, no que consiste uma Spartan Race? Assumimos a nossa posição de leigos na matéria e pedimos a Pedro Pascoal, que afinal de contas é o especialis­ta nesta questão, para nos explicar resumidame­nte...

“É a maior prova de obstáculos do Mundo. A corrida pode ser de 5, 13 ou 23 quilómetro­s, com a presença de 15, 25 ou 40 obstáculos. Esses obstáculos podem ser tudo o que possas imaginar: desde carregar um tronco, puxar um pneu, fazer um ‘monkey bar’, um ‘multi grip’. O aspeto que dife- rencia as Spartan das outras provas é que qualquer pessoa pode acabar uma Spartan. É que, mesmo quando não fazes um obstáculo - por mais difícil que seja -, pagas com 30 ‘burpees’. Podes demorar mais tempo a finalizar... mas acabas!”

E, segundo Pedro Pascoal, não importa qual o objetivo. Qualquer um pode abraçar esta aventura e, naturalmen­te, concluí-la. “As Spartan têm a parte competitiv­a e também uma parte de diversão. Há o acabar e há o conquistar uma Spartan. Há objeti- Spartan façam parte da sua vida. Quiseram mostrar que qualquer um pode fazer uma prova deste tipo, que não são só os superatlet­as que conseguem.”

O sonho é o de, um dia, trazer um evento para o nosso país, ainda que admita que de momento é algo muito complicado. “Era ótimo, há essa possibilid­ade, mas ainda somos um mercado muito pequenino”, confessa, detalhando depois o que provoca este ‘atraso’ nesse vos para todo o tipo de pessoas. Se queres ir para ganhar, vais. Se curtes andar dentro da lama, fazer uns riscos na cara, tirar umas fotos para depois colocar no Facebook... também dá. Nestas provas vês o melhor atleta e vês também uma senhora com 70 anos, que pesa 100 quilos... Demora sete horas a concluir a prova, mas vai e acaba! Não tens noção: quando a pessoa acaba, seja por ganhar, seja numa hora, seja apenas acabar... A alegria que não é! Acabas e é uma alegria imensa e... nem ganhaste!” * sonho. “Normalment­e querem entre duas a três mil inscrições por fim de semana e, para mais, os obstáculos são muito caros, a logística também é muito cara e ainda não temos bagagem para isto... Ainda acham que somos um mercado pequeno. Ainda...”, lamenta. Mesmo assim, garante, o nosso país nem se pode queixar de ter pouca qualidade no que aos atletas diz respeito. “Temos muitos e bons!”, finaliza. *

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