TRÊS MINUTOS LOUCOS E... ADEUS ‘ TRADIÇÃO’
Equipa sadina não batia oSp. Braga, noBonfim, há praticamente uma década. Fê- lo agora porKOtéc nico TURMA DO MINHO PAGOU BEM CARO DUAS DESCONCENTRAÇÕES DEFENSIVAS CLAMOROSAS COMETIDAS NA PRIMEIRA PARTE
Era uma vez... uma ‘tradição’! O V. Setúbal estreou-se a vencer na presente edição da Liga NOS e, ao mesmo tempo, atirou ao tapete um Sp. Braga que passava incólume no Bonfim há quase uma década (desde 14 de setembro de 2007). O triunfo foi construído num piscar de olhos, durante o qual o conjunto de Couceiro desferiu dois socos no queixo da equipa de Abel. Se de um combate de pugilismo se tratasse – não aquele que opôs Mayweather a McGregor, pois esse só serviu para encher os bolsos a uns quantos iluminados... –, a imagem não deixaria de ser a se- guinte. O atleta de calções encarnados foi empurrando o que trajava de verde e branco em direção às cordas. Repentinamente, cometeu dois erros graves! Baixou por momentos as luvas... e acabou estendido no tapete.
O V. Setúbal aproveitou da melhor forma as desconcentrações do sector recuado do Sp. Braga. Bastaram três minutos para o caldo entornar! Tudo ocorreu entre o minuto 24 e o 26. O primeiro a deslizar na maionese foi Matheus, guardião do conjunto do Minho. André Sousa cobrou um livre, colocando a bola na área. Goiano desviou-a para cima e em direção à pequena área, surgindo Matheus a atropelar Vasco Fernandes. Não havia necessidade de o ter feito, obviamente! Penálti claríssimo! Paciência converteu-o de forma irrepreensível.
Ainda o diabo não tinha esfregado os olhos e já o V. Setúbal desferia novo golpe no queixo do Sp. Braga. Bastou a bola ir ao centro do terreno! A turma de Abel reatou a partida, atrasando a bola até ao sector recuado. E aqui veio ao de cima a capacidade de pressão de Paciência e a pouca desenvoltura de Bruno Viana. O avançado estorvou o central e este chutou a bola contra ele. Sem a deixar cair, Paciência assistiu de cabeça João Amaral, que disparou cruzado para o fundo da baliza. Tão simples quanto isto!
Apanhado de surpresa, o Sp. Braga demorou a levantar-se, só tendo voltado a carregar sobre o adversário na etapa complementar. Tentou de tudo, por dentro e por fora, mas o V. Setúbal entoou um verdadeiro hino à solidariedade e coordenação defensiva e lá foi detendo, com maior ou menor dificuldade, as investidas do tal pugilista de calções vermelhos. Um triunfo por KO... técnico! *