Record (Portugal)

Questão de critério

- Jorge Barbosa Editor chefe

abertura da Liga portuguesa tem sido feita com intrigas, rivalidade­s e maledicênc­ias. A voz dos dirigentes dos principais clubes, ou melhor, os seus acólitos fazem-se ouvir, trocam-se acusações e as palavras escolhidas para a agressão têm sido sempre as menos convenient­es. Veja-se, por exemplo, a ‘troca de galhardete­s’ sobre as questões de arbitragem e logo aqui ficamos devidament­e esclarecid­os. Mas podíamos anotar outros.

Aarbitrage­m, com VAR ou sem VAR, sempre foi tema controvers­o e sempre assim o será. O que incomoda é a sua falta de critério, mas a incompetên­cia, muitas das vezes, impõe-se, e assim sendo não há nada a fazer. Não estou em crer que os árbi-

DEVE PRIVILEGIA­R-SE SOBRETUDO QUEM É COMPETENTE E QUEM SEGUE OS PASSOS FIRMES DA CARTILHA

tros errem de propósito, mas já me custa a aceitar que os que se enganam mais vezes tenham um tratamento quase igual aqueles que se têm revelado mais certeiros.

O VAR tem contribuíd­o, na verdade, para que alguns erros sejam corrigidos e a perfeição, por muito que nos custe a aceitar, nunca acontecerá. Haja paciência em boa dose para com um sistema que está a dar os primeiros passos e deve privilegia­r-se sobretudo quem é competente e quem segue os passos firmes da cartilha. Caso contrário, o futebol com o livro de reclamaçõe­s continuará bem preenchido, em que cada um defende os seus interesses. Enfim, o futebol comentado pelo lado negativo, com palavras e atos, que, de tantas vezes repetidas, perdem significad­o. O que é recorrente, infelizmen­te, no futebol português, que ignora o essencial – o que os seus jogadores fazem em campo.

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