Record (Portugal)

A objetivida­de inglesa

- HORA DO CHÁ Eládio Paramés

Arranca hoje a fase de grupos da mais importante competição mundial a nível de clubes. São muitos os milhões em jogo, para além do prestígio. Mas isto é mais do que sabido e, por isso, passemos a um tema mais desconcert­ante. Refiro-me à escolha do ‘Manager ofthe Month’, uma ‘eleição’ com tradição em Inglaterra.

A escolha, segundo as regras da poderosa FA, é feita por ‘voto popular’ –podem votar milhões, mas estes só valem 1 voto no painel –e por um painel de ‘experts in football’, escolhidos (a dedo) pelos dirigentes. E, todos os meses, a ‘tribo da bola’ e estes ‘especialis­tas’ escolhem o melhor técnico. Julgo que, para isso, contribuir­ão decisivame­nte os resultados da equipa durante o referido mês. Não vejo outro critério objetivo, mas admito que, subjetivos, haja muitos. E pelos vistos são mais importante­s.

Se não vejamos: em agosto disputaram-se 3 partidas da Premier e só uma equipa conseguiu sair vitoriosa desses três jogos: o Manchester United. Com dois triunfos há várias, entre elas o City, o Liverpool, o Chelsea e o Huddersfie­ld. Ora, objetivame­nte, o ‘Manager de agosto’ deveria ter sido…José Mourinho. Mas não foi! Quem ganhou foi David Wagner, técnico desta última equipa. Eu bem tenho alertado Mou para deixar crescer a barba e não usar fatos escuros, mas ele é teimoso.

Talvez se perceba se dissermos que no painel estão a filha do Dalglish, o Carragher, o ex-árbitro Chris Foy, que o expulsou mais de uma vez, e uma jornalista do Chelsea. Como o United empatou… talvez Mou ganhe em setembro.

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