ENORME TONDELA AGUENTA-SE FIRME
Capacidade de resistência, sofrimento e solidariedade dos beirões foi a todos os títulos notável
A JOGAR COM MAIS DUAS UNIDADES DESDE OS 56’, FLAVIENSES NUNCA TIVERAM CRIATIVIDADE E LUCIDEZ
Enorme Tondela a sair vivo de Chaves e com um ponto que sabe literalmente a vitória, depois de um jogo de grande sacrifício coletivo de uma equipa reduzida a 9 elementos desde o minuto 56! A capacidade de resistência, de sofrimento e de grande solidariedade dos visitantes foi, a todos os títulos, notável, com a festa no final plenamente justificada. Como já se percebeu, este foi um jogo claramente marcado a ver- melho pelas expulsões de Júnior Pius e de Joãozinho, ambas com sentido de justiça, diga-se, mas a determinar mudanças bruscas de estratégia nos dois lados, com clara vitória do jovem Pepa, na luta pelas soluções a partir do banco, sobre o experiente Luís Castro. Mas, atenção, o Chaves não ganhou este jogo porque não… soube! Com a vantagem numérica, a equipa nunca se entendeu lá na frente e nem os vários papéis com diferentes estruturas táticas que Luís Castro enviou lá para dentro deram resultados práti- cos. Faltou claramente criatividade e lucidez aos homens da casa. Sobrou ansiedade na hora de tentar visar a baliza de Cláudio Ramos, guarda-redes que esteve sempre no sítio certo quando foi necessário.
O incrível deste jogo é que depois de estarem 11 contra 9 até foi do Tondela a jogada mais clara de golo, quando Pedro Nuno não conseguiu concluir um contraataque conduzido por Boyd (83’). Aliás, a grande hipótese para os flavienses vencerem até surgiu já aos 90’+6, com Davidson a ganhar posição na área, lançado pelo guarda-redes Ricardo Nunes, mas o brasileiro falhou de forma clamorosa, quando tentava armar o remate, acertando na atmosfera... Isto numa fase em que os jogadores do Tondela festejavam cada corte como se fosse golo, valendolhes essa união e crença na ponta final do jogo. *