Record (Portugal)

Uma pausa energética

- José Manuel Freitas

Ora aí está uma boa paragem nas competiçõe­s oficiais de clubes. As razões serão imensas, mas na minha ótica quatro são fundamenta­is: a pausa começa por ser energética, pois os clubes podem aproveitar quase três semanas sem Liga – a Taça de Portugal permite ainda aos mais poderosos dar oportunida­de a jogadores que continuam na penumbra – para recuperar profission­ais que têm estado de baixa e que em determinad­os emblemas são prepondera­ntes; o tão criticado VAR, em muitas situações com razão, passará, também, por muitos dias sem estar debaixo do fogo intenso dos que se sentiram, direta ou indiretame­nte, prejudicad­os; a Seleção de sub-21 tem tudo para recuperar da derrota frente

PARAGEM BOA PARA RECUPERAR JOGADORES, ACALMAR CRÍTICAS AO VAR, AJUDAR SELEÇÕES

à Bósnia diante de romenos e suíços; Fernando Santos tem nos jogos com Arábia Saudita e EUA hipótese de perceber se alguns dos não habituais que escolheu para a dupla operação – Adrien não pode estar excluído! -podem aspirar, independen­temente da concorrênc­ia, a entrar no lote para a Rússia, casos concretos de Manuel Fernandes, Ricardo Ferreira, Ricardo Pereira ou Gonçalo Guedes. Concluindo: posso estar enganado, mas nunca estive tão convencido de que esta paragem, não sendo obra de deuses, não podia ter sido mais providenci­al.

Nunca, em questões de desporto, o Ministério Público andou tão atarefado. Com a certeza de que as suas decisões tudo clarificar­ão, a única coisa que se lhe pede é que seja célere e contribua para que regresse, pelo menos, a paz de espírito tão necessária. A intervenie­ntes diretos e meros adeptos.

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