Uma pausa energética
Ora aí está uma boa paragem nas competições oficiais de clubes. As razões serão imensas, mas na minha ótica quatro são fundamentais: a pausa começa por ser energética, pois os clubes podem aproveitar quase três semanas sem Liga – a Taça de Portugal permite ainda aos mais poderosos dar oportunidade a jogadores que continuam na penumbra – para recuperar profissionais que têm estado de baixa e que em determinados emblemas são preponderantes; o tão criticado VAR, em muitas situações com razão, passará, também, por muitos dias sem estar debaixo do fogo intenso dos que se sentiram, direta ou indiretamente, prejudicados; a Seleção de sub-21 tem tudo para recuperar da derrota frente
PARAGEM BOA PARA RECUPERAR JOGADORES, ACALMAR CRÍTICAS AO VAR, AJUDAR SELEÇÕES
à Bósnia diante de romenos e suíços; Fernando Santos tem nos jogos com Arábia Saudita e EUA hipótese de perceber se alguns dos não habituais que escolheu para a dupla operação – Adrien não pode estar excluído! -podem aspirar, independentemente da concorrência, a entrar no lote para a Rússia, casos concretos de Manuel Fernandes, Ricardo Ferreira, Ricardo Pereira ou Gonçalo Guedes. Concluindo: posso estar enganado, mas nunca estive tão convencido de que esta paragem, não sendo obra de deuses, não podia ter sido mais providencial.
Nunca, em questões de desporto, o Ministério Público andou tão atarefado. Com a certeza de que as suas decisões tudo clarificarão, a única coisa que se lhe pede é que seja célere e contribua para que regresse, pelo menos, a paz de espírito tão necessária. A intervenientes diretos e meros adeptos.