SAD PREPARA RÚBEN DIAS PARA A SELEÇÃO
PAULO MADEIRA FOI O ÚLTIMO CENTRAL DA FORMAÇÃO A CHEGAR TÃO LONGE
Em plena fase de afirmação de águia ao peito, Rúben Dias é a grande aposta da SAD benfiquista para voltar a ter um defesa-central com o carimbo da sua formação na Seleção principal, algo que já não acontece há mais de... 18 anos – o último foi Paulo Madeira. Ao que Record apurou, Luís Filipe Vieira e seus pares têm traçado um plano que prevê a ascensão natural do jovem até ao mais alto patamar da representação do nosso país, o que, por sua vez, elevaria exponencialmente o próprio valor de mercado do defesa, de 20 anos. O primeiro desafio passa, desde logo, por cumprir as palavras de Luís Filipe Vieira, no sentido de tentar reter o jogador, resistindo às ofertas que deverão surgir – o próprio presidente admitiu em recente entrevista à BTV já ter declinado uma proposta de 40 milhões de euros pelo miúdo, que está no Seixal há 10 anos.
As restantes condições estão reunidas. O camisola 66 já representou todos os escalões das Seleções jovens, faltando-lhe agora o derradeiro passo. Para além disso, há na formação das quinas uma natural perspetiva de renovação a curto prazo no eixo da defesa, onde Bruno Alves (35 anos), Pepe (34) e José Fonte (33) começam a entrar na linha descendente. Ora, na Luz acredita-se que Rúben Dias está na linha da frente para essa sucessão. Há ainda outro fator importante, relacionado com a estabilidade na Seleção, onde Fernando Santos tem contrato válido até 2020. De resto, na calha para este salto a médio prazo estão as quase três dezenas de jovens que estão a representar as Seleções jovens – Jota, Gedson e José Gomes foram chamados para os sub-19 e sub20 (ver quadro ao lado) – nesta paragem.
Longo jejum
Paulo Madeira foi o último central que chegou à Seleção depois de ter passado pela formação da águia e, por isso, vê com muito
“orgulho”, que seja Rúben Dias a suceder-lhe. “Não tenho dúvidas de que vai lá chegar. Vai ser um caso sério”, assinalou, sublinhando que “há vários jogadores formados pelo Benfica na Seleção, como Bernardo Silva ou o Gonçalo Guedes, mas que são difíceis de segurar”. No caso dos centrais, vinca, “a longevidade de Luisão também dificulta que outros lá cheguem”. Agora, “a estratégia de os segurar é certeira também para ter e valorizar jogadores na Seleção”. *
“TEM SUPERADO AS MINHAS EXPECTATIVAS. É UM CASO SÉRIO. É IMPORTANTE O CLUBE TER JOGADORES NA SELEÇÃO” PAULO MADEIRA, Ex-central do Benfica