Certificar as Academias
O líder federativo quer trazer para Portugal um torneio Rolex Series durante o seu mandato DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE GOLFE
Eleito há um ano presidente da Federação Portuguesa de Golfe, Miguel Franco de Sousa tem três grandes objetivos para cumprir: o plano estratégico, a avaliação do impacto sócio-económico da modalidade em Portugal e a certificação das academias de golfe. Mas, no seu mandato, o líder federativo não deixa de olhar para aquilo que não é uma pura e simples miragem: Portugal passar a integrar o circuito da Rolex Series, criado este ano com sete torneios.
“A ideia passa por juntar o Portugal Masters e o Open de Portugal e, de forma progressiva, fazer crescer o prize-money da prova. Para 2018 irá manter-se o mesmo formato das duas competições, mas estamos em crer que, a curto prazo, daremos passos significativos para se pensar num grande torneio”, afiança Miguel Franco de Sousa.
Os primeiros passos já foram dados com sucesso: foi estabelecido um patrocínio de cinco anos entre a federação e a conhecida marca de relógios, que, segundo o dirigente, considera o mercado português “muito interessante”. Já houve abordagens e o dirigente diz que esta é uma matéria que não diz respeito apenas às pessoas do golfe. “É algo muito importante e estratégico para o país e temos de ter o apoio do governo e do turismo. Os nossos estudos indicam que o golfe atrai a Portugal cerca de 350 mil pessoas por ano e o impacto direto em receitas cifra-se em 120 milhões de euros. Temos 6 mil federados estrangeiros e Portugal foi considerado, pelo terceiro ano consecutivo, como o melhor destino mundial para a prática do golfe”, refere.
Elite mundial assegurada
Sem descurar toda a temática ligada à formação, Miguel Franco de Sousa considera que com a vinda de um torneio da Rolex Series, Portugal passaria a contar com a elite mundial. “Teríamos certamente jogadores do top 10 mundial, o que poderia alavancar uma série de inicia- tivas. E em vez de haver 36 mil pessoas no Portugal Masters poderemos ter 25 a 30 mil pessoas por dia”, afiança o líder federativo.
O estudo solicitado pela federação a uma empresa especialista nesta matéria pretende trazer dados que reforçam esta ideia. “O golfe é o único desporto que, até agora, faz com que as pessoas sejam residentes o ano inteiro em Portugal. É umalógica de investimento”, insiste o dirigente que há um ano sucedeu a Manuel Agrellos. “Medir o sucesso” é o desafio de Miguel Franco de Sousa, de 44 anos, que está envolvido na modalidade como praticante desde 1984, capitão de seleções e dirigente, tendo nos últimos anos sido secretáriogeral no mandato de Agrellos.“Podemos fazer coisas muito interessantes para os próximos anos”, sublinhou o líder federativo.
O sinal de viragem foi dado e um ano ainda não foi suficiente para visitar as 76 academias de golfe em Portugal. “Estamos profundamente envolvidos numa imagem de renovação e de certificação do funcionamento das academias de Portugal para ir de encontro aos interesses dos jogadores e dos clubes”, sublinhou o líder federativo. Alterar hábitos e criar novas práticas, estimulando o funcionamento de atividades para os mais jovens, é o propósito da iniciativa que faz parte do chamado plano estratégico, assim como dar um forte impulso à componente feminina.*
“O GOLFE ATRAI A PORTUGAL 350 MIL PESSOAS POR ANO E O IMPACTO DIRETO EM RECEITAS É DE 120 MILHÕES”, GARANTE