REVOLUÇÃO COMEÇA HOJE
Presidente da federação marca reunião em Roma para falar com Ventura e preparar futuro do calcio
eliminação na fase de qualificação para o Mundial’2018 provocou um autêntico terramoto no futebol italiano, ao ponto de existirem várias figuras do desporto a exigir uma revolução profunda no calcio. E essa deverá mesmo arrancar hoje, depois de Carlo Tavecchio, presidente da federação italiana, ter agendado uma “reunião minuciosa” para hoje, em Roma, na qual deverá ser demitido o selecionador italiano Gian Piero Ventura mas também debatidos vários pontos de uma revolução exigida para o futebol do país que foi campeão do Mundo há 11 anos. E, para começo de revolução, é preciso encontrar um líder. O preferido à sucessão de Gian Piero Ventura é Carlo Ancelotti, técnico de 58 anos que deixou o Bayern no final de setembro e está disponível para assinar contrato. Carletto parte, então, à frente numa lista que integra ainda os nomes de Antonio Conte (Chelsea), Roberto Mancini (Zenit) e ainda Massimiliano Allegri (Juventus). Numa sondagem feita pelo jornal italiano ‘Gazzetta dello Sport’, o ex-técnico de Bayern, Real Madrid, Juventus e Milan, entre outros, lidera as preferências de perto de 85 mil votantes, com 67,7 por cento, aparecendo Conte como segundo mais votado, com... 21,1 por cento.
Pressões externas e internas
Carlo Tavecchio vai liderar a reunião de hoje mas também terá de enfrentar a onda de críticas ao seu trabalho. Aurelio de Laurentiis, presidente do Nápoles, e Marco Tardelli, antigo internacional italiano, condenam o atual líder da federação. “Tavecchio é o verdadeiro responsável por esta derro- ta. Contratou um técnico que foi despedido por nós ao fim de três meses na Serie C”, disse. Já Tardelli vai mais longe: “Devia sair, se tivesse dignidade. Em Inglaterra já não entraria num estádio...”
Episódio caricato
Ontem, Gian Piero Ventura, ao apanhar o avião em Milão e questionado por um jornalista sobre se se demitirá na reunião, disse: “Sim”. Mas horas mais tarde, enviou uma mensagem à agência italiana ‘Ansa’ a negar que tenha concordado em demitir-se. * UMA ITÁLIA... RENOVADA