FESTA A TODO O VAPOR À BOA MODA MINHOTA
FAMALICÃO FOI EM PESO PARA LISBOA Record acompanhou a viagem de comboio dos adeptos azuis e brancos com destino a Alvalade
Pela terceira vez em três anos Famalicão voltou a ter motivos para estar em festa na Taça de Portugal, logo após o sorteio da 4ª eliminatória, que ditou o reencontro dos minhotos com o Sporting. Só que depois surgiram... as contrariedades: a sorte quis que o jogo fosse em Alvalade, a mais de 300 quilómetros de distância, e os esforços dos responsáveis em agendar o duelo para o fim de semana revelaram-se infrutíferos. Dois fatores que para muitos podiam servir de desculpa para não acompanhar a equipa de coração, mas em Famalicão vive uma massa associativa... especial.
Por esse motivo, Record fez questão de acompanhar a par e passo o dia sem igual vivido pelos azuis e brancos, que levaram mais de mil adeptos até Lisboa. Boa parte deles - cerca de 600 - cumpriram o que manda a tradição do clube e lotaram um comboio, que partiu de Famalicão pouco depois das 14 horas. As condições até podiam nem ser as ideais, mas foi o suficiente para... fazer estalar a festa. Em qualquer uma das carruagens, o cenário era praticamente idêntico: multiplicavamse as bandeiras, os cânticos, os famosos merendeiros, a hospitali- dade contagiante e, claro, a esperança (nada) secreta de fazer tombar um dos grandes. Enquanto uns acreditavam que “à terceira seria de vez”, outros já imaginavam poder levar a festa... até ao Marquês. No final de quatro horas de viagem, foi mesmo o maquinista quem deu novo alento, pelo altifalante: “Vamos ‘Fama!’”.
APÓS QUATRO HORAS DE ‘ROMARIA’, OS FAMALICENSES REGRESSARAM DE MADRUGADA. E HOJE JÁ É DIA DE TRABALHO...
Regresso à ‘normalidade’
A impressionante moldura humana que esteve em Lisboa - mais de mil marcaram presença - acabou por não ver os seus desejos tornarse realidade, mas a festa à boa moda minhota, essa, já ninguém lhes tira. Tal como o plantel, os famalicenses fizeram o caminho inverso pela madrugada dentro, tendo regressado ao norte do país jquando o relógio já passava das 3 horas da manhã.
Hoje é dia de trabalho para muitos, mas o exemplo dado ontem pelo Famalicão é a prova de que quando a paixão pelo clube bate à porta... nunca se diz não. *